VARSÓVIA (Reuters) - A Marcha dos Vivos, um evento anual que reúne sobreviventes do Holocausto e familiares no antigo campo de extermínio de Auschwitz, foi realizada de forma virtual pelo segundo ano consecutivo, nesta quinta-feira, devido à pandemia de Covid-19.
Normalmente, os participantes realizam uma marcha no local do sul da Polônia, mas as restrições impostas para conter a disseminação do coronavírus a impossibilitaram. Apesar disso, organizadores e participantes dizem que é importante que o evento aconteça.
"Não temos outra escolha", disse Tzipora Freund, sobreviventes do Holocausto, de 84 anos. "Desta vez tem que ser virtual porque todos os anos as pessoas marcham... a cada ano, jovens e idosos marcharão lá e não se esquecerão".
Freund e seu filho, que estavam em Israel, depositaram mensagens virtuais de lembrança nos trilhos que levam ao portão do campo de extermínio, parte de uma simulação de computador do evento, como fizeram o presidente israelense, Reuven Rivlin, e outros.
Mais de 1,1 milhão de pessoas, na maioria judeus, morreram nas câmaras de gás ou de fome, frio e doenças no campo de Auschwitz, que os nazistas montaram na Polônia ocupada durante a Segunda Guerra Mundial.
"Temos que lembrar que o Holocausto, o antissemitismo e também o ódio e o racismo são coisas que estão acontecendo. Não é algo que é parte da história", disse Baruch Adler, de 70 anos, cofundador e vice-presidente da Marcha dos Vivos.
"Então minha mensagem é: vocês têm que saber que precisam lutar. Esta lembrança, é uma luta".
(Por Lianne Back em Jerusalém)