Por Kiyoshi Takenaka e Issei Kato
KURASHIKI, Japão (Reuters) - Equipes de resgate do Japão escavaram lama e detritos às pressas nesta segunda-feira para encontrar sobreviventes após as chuvas torrenciais provocarem enchentes e deslizamentos de terra que mataram ao menos 114 pessoas e deixaram dezenas de desaparecidos.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, cancelou uma viagem ao exterior para lidar com a pior crise causada por enchentes no país desde 1983, que obrigou milhões de pessoas a deixarem suas casas.
Autoridades disseram que o impacto econômico total ainda não é claro.
A chuva diminuiu na região oeste nesta segunda-feira e deu espaço a céus azuis e um sol escaldante que elevou as temperaturas bem acima dos 30 graus Celsius, provocando temores de insolação em áreas privadas de eletricidade ou água.
"Não podemos tomar banho, a descarga não funciona e nosso estoque de comida está acabando", disse Yumeko Matsui, cuja casa na cidade de Mihara, na zona administrativa de Hiroshima, está sem energia desde sábado.
"A água em garrafa e o chá em garrafa acabaram nas lojas de conveniência e em outras lojas", disse a funcionário de 23 anos de uma creche em uma estação de suprimento de água de emergência.
Cerca de 11.200 lares estão sem luz, disseram empresas de energia nesta segunda-feira, e centenas de milhares estão sem água.
O saldo de mortes chegou a ao menos 114, segundo a emissora pública NHK, e 61 pessoas estão desaparecidas.