BEIRUTE (Reuters) - Três pessoas ficaram feridas nesta quarta-feira, quando tiros foram disparados contra manifestantes contra o governo na cidade de Sweida, no sul da Síria, disseram ativistas e jornalistas locais, no primeiro relato de uso de violência em manifestações que têm durado semanas na região.
Ativistas, que têm saído às ruas para pedir a renúncia do presidente Bashar al-Assad devido ao agravamento das condições de vida, acusaram membros do partido governista Ba'ath de atirar contra os manifestantes. A Reuters não pôde confirmar o relato de forma independente.
Em um vídeo publicado online pelo coletivo de ativistas Sweida24, homens podiam ser vistos fugindo da entrada de um edifício enquanto eram ouvidos cerca de duas dúzias de tiros.
A legenda identificava o prédio como sede local do partido Ba'ath e dizia que os manifestantes tentavam fechá-lo. Eles forçaram temporariamente o seu fechamento em agosto.
O Sweida24 disse que os três feridos estavam sendo tratados em hospitais.
Um conflito eclodiu na Síria em 2011, com manifestações contra Assad no sul do país, e rapidamente se transformou em uma guerra civil que deixou centenas de milhares de mortos e deslocou milhões de pessoas.
Assad recapturou a maior parte do país com a ajuda dos seus aliados Rússia e Irã. Mesmo com as linhas da frente mais calmas, a economia do país continua em frangalhos e as suas necessidades humanitárias dispararam.
Ainda assim, críticas abertas ao governo eram extremamente raras nas áreas controladas por Assad até a decisão do governo de suspender os subsídios aos combustíveis no mês passado, provocando novos protestos concentrados em Sweida.
(Por Maya Gebeily em Beirute e Suleiman al-Khalidi em Amman)