Por Minami Funakoshi
TÓQUIO (Reuters) - Um tribunal do Japão determinou nesta segunda-feira que uma artista que exibiu estatuetas moldadas em sua vagina não é culpada de obscenidade, assinalando um passo rumo à liberdade de expressão, embora a corte a tenha multado por distribuir dados digitais sobre seus órgãos genitais.
O tribunal de Tóquio rejeitou as acusações dos promotores, segundo as quais Megumi Igarashi, que trabalha com o pseudônimo "Rokudenashiko", ou "garota imprestável", exibiu objetos obscenos, dizendo que suas estatuetas – decoradas com peles falsas e glitter – podem ser consideradas "arte pop".
"Este veredicto é extremamente raro", disse Takashi Yamaguchi, um dos advogados da artista, acrescentando que ele tem um "grande valor histórico".
Megumi afirmou estar "20 por cento feliz" por a corte ter reconhecido suas estatuetas como arte, mas enfatizou ser "completamente inocente".
O tribunal decretou que Megumi é culpada de distribuir dados digitais de material indecente e lhe aplicou uma multa equivalente a 3.700 dólares. Os promotores haviam pedido uma multa de mais de 7.400 dólares.
"Estou indignada, é claro. Irei apelar e continuar a brigar no tribunal", disse ela em uma coletiva de imprensa, na qual mostrou várias estatuetas de vagina cor de rosa. OLBRENT Reuters Brazil Online Report Entertainment News 20160509T143426+0000