Por Andrew Osborn
MOSCOU (Reuters) - Um tribunal russo condenou nesta quarta-feira um alto executivo de segurança digital por traição, e o condenou a 14 anos de prisão em um caso que a agência de notícias estatal TASS disse ser centrado em alegações de que ele havia passado informações sigilosas para espiões estrangeiros.
Ilya Sachkov, que negou irregularidades e ouviu calmamente o veredito em uma jaula de vidro no tribunal, ajudou a fundar o Group-IB, que já foi uma das empresas de segurança digital mais proeminentes da Rússia e que este ano anunciou que cortou relações com seu mercado original.
Sachkov, de 37 anos, que não está mais associado ao Group-IB, mas possui uma participação em sua antiga empresa russa, foi preso em setembro de 2021 pelo Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) sob a acusação de traição em um caso sigiloso.
O advogado de Sachkov disse a repórteres que espera que seu cliente seja absolvido porque acha que foram apresentadas provas suficientes de sua inocência.
"Não vamos desistir. Acreditamos... na inocência de Ilya, e vamos recorrer mais e trabalhar mais", disse o advogado Sergei Afanasiev.
Ex-colegas que compraram as empresas russas do Group-IB e as renomearam como F.A.C.C.T disseram em um comunicado que sua equipe jurídica também pediria a intervenção do presidente russo, Vladimir Putin.
Sachkov foi condenado a cumprir sua sentença em uma colônia penal de alta segurança, disseram eles.