Por Andreas Rinke e Alexander Tanas
CHISINAU (Reuters) - O chanceler alemão Olaf Scholz afirmou nesta quarta-feira que a Ucrânia não consultou Berlim sobre a surpreendente incursão em território russo em 6 de agosto e disse esperar que a operação militar seja limitada em tempo e em área.
Scholz afirmou, em coletiva de imprensa após reuniões em Chisinau com a presidente da Moldávia, Maia Sandu, que Berlim monitora de perto os desdobramentos relacionados à invasão.
Líderes ucranianos usaram o ataque como prova de que sua força militar pode surpreender e ser bem sucedida em operações ofensivas. A Rússia prometeu repelir a incursão.
"A Ucrânia preparou a sua operação militar na região de Kursk de maneira altamente secreta e sem feedback, algo que certamente ocorreu por conta da situação", disse Scholz.
"É uma operação bem limitada em termos de espaço e, provavelmente, em tempo."
Em outra ocasião, Scholz disse que a Alemanha continua a ser o que ele definiu como o principal apoiador ucraniano na Europa após questionamentos sobre o enfraquecimento do apoio alemão à Kiev para dar mais atenção a questões domésticas.
A delicada coalizão de três partidos de Scholz, que lutou para chegar a um acordo sobre o orçamento, planeja cortar o auxílio aos ucranianos pela metade no ano que vem, acreditando que a redução será compensada pela decisão do G7 de emprestar 50 bilhões de dólares para a Ucrânia.