🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Venezuela rejeita relatório da ONU que critica repressão a opositores

Publicado 20.09.2024, 16:26
© Reuters. Familiares de venezuelanos presos após as eleições de julho cobram libertação durante marcha em Caracasn11/09/2024nREUTERS/Maxwell Briceno

CARACAS (Reuters) - O governo da Venezuela rejeitou "categoricamente", nesta sexta-feira, um relatório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) que criticou a repressão a oponentes políticos após as eleições no país, dizendo que o documento era um sinal de coerção contra o Estado.

Uma missão de investigação da ONU sobre violações de direitos humanos apresentou no início do dia o relatório ao Conselho de Direitos Humanos da organização, em Genebra, no qual afirmou que o Estado venezuelano estava usando métodos mais duros e violentos para reprimir opositores políticos e dissidentes após a contestada votação de 28 de julho.

"A persistência dessa missão vergonhosa é um sinal claro da direção errática das pelas instituições do sistema da ONU, que estão cada vez mais deslocadas em suas funções e se transformando em instrumentos de coerção e chantagem contra povos e governos soberanos", disse o governo venezuelano em comunicado.

O governo disse ter a "moral mais forte" com relação à defesa dos direitos humanos e um "aparato robusto" para sua proteção.

O comunicado também disse que o Conselho de Direitos Humanos não demonstrou interesse nas denúncias da Venezuela contra as sanções dos Estados Unidos e tentativas de assassinato contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

A missão da ONU, por sua vez, disse em seu relatório que as autoridades venezuelanas planejaram ações para desmobilizar a oposição, impedir a disseminação de informações independentes e opiniões críticas e impedir protestos pacíficos.

A mais alta corte da Venezuela declarou Maduro o vencedor da eleição, mas a oposição publicou contagens de votos que, segundo ela, provam uma vitória esmagadora do candidato da oposição, Edmundo González.

González buscou asilo político na Espanha este mês, depois que um mandado de prisão foi emitido contra ele.

Pelo menos 25 pessoas morreram nos protestos que se seguiram às eleições, de acordo com organizações não governamentais, e cerca de 2.400 outras foram presas, segundo o governo venezuelano.

O governo de Maduro culpa a oposição pelas mortes nos protestos, que, segundo ele, tiveram a participação de "fascistas" e "extremistas".

© Reuters. Familiares de venezuelanos presos após as eleições de julho cobram libertação durante marcha em Caracas
11/09/2024
REUTERS/Maxwell Briceno

A missão da ONU disse ter relatos de que 130 meninos e 28 meninas menores de 18 anos foram presos durante os protestos, afirmando que as meninas foram submetidas a assédio sexual enquanto estavam detidas com homens adultos. As autoridades libertaram pelo menos 86 adolescentes no início deste mês.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, conversou com Maduro na sexta-feira sobre os relatos de violações de direitos humanos e violência pós-eleitoral, disse seu porta-voz, enfatizando a necessidade de um diálogo pacífico e inclusivo e tomando nota das posições de Maduro.

(Reportagem de Deisy Buitrago)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.