Por Duncan Miriri e Ayenat Mersie
NAIRÓBI/KISUMU (Reuters) - O diretor do órgão eleitoral do Quênia declarou o atual vice-presidente do país, William Ruto, como vencedor da apertada disputa presidencial nesta segunda-feira, mas algumas importantes autoridades eleitorais rejeitaram o resultado, alimentando temores de violência como a que foi vista em eleições anteriores.
Saudando a comissão eleitoral como "heróis", Ruto disse que "não há como olhar para trás. Estamos olhando para o futuro. Precisamos de todos para avançar".
O político de 55 anos fez das divisões de classe no Quênia o motivo central de sua campanha, para se tornar o quinto presidente do país, prometendo recompensar os "empreendedores" de baixa renda e desprezando as dinastias políticas quenianas.
Seus alvos mais óbvios são seu oponente Raila Odinga e o presidente Uhuru Kenyatta, filho do primeiro vice-presidente do país, e atual presidente, respectivamente.
Ruto, que dirige a Aliança Kenya Kwanza (Quênia Primeiro), parecia estar à frente do líder de oposição Odinga, enquanto os quenianos esperavam os resultados finais da eleição realizada há quase uma semana.
Minutos antes do diretor da comissão eleitoral Wafula Chebukati anunciar que Ruto havia vencido a eleição, a vice-diretora Juliana Cherera havia dito à imprensa em outro local que ela e três outros comissários se recusavam a reconhecer os resultados.
(Reportagem de Duncan Miriri e George Obulutsa em Nairóbi, Ayenat Mersie em Kisumu, Nelson Ali em Eldoret, Joseph Akwiri em Mombasa e Daud Yussuf em Garissa)