Vamos ver o que é uma carteira de investimentos, como montar uma carteira diversificada e sua gestão. Além disso, explicaremos como criar uma carteira de investimentos com o Investing.com, para que você possa aprender os passos com uma ferramenta real e especializada neste setor.
O que é uma carteira de investimentos e como criá-la
Uma carteira de investimentos é o conjunto de ativos financeiros que pertencem a uma pessoa, empresa ou fundo de investimento.
Uma carteira pode ser composta por uma série de ativos financeiros, como ações, títulos, commodities, fundos de investimento, ETFs, moedas, criptomoedas, índices de ações, etc. Mas também pode ser formada por outros tipos de ativos, como obras de arte, imóveis ou terrenos.
O objetivo de toda carteira de investimentos é obter rentabilidade sobre o capital investido e, para isso, a carteira deve estar devidamente diversificada, mas deve atender a vários elementos-chave:
- O perfil de risco do titular da carteira de investimentos (conservador, moderado, agressivo).
- O horizonte temporal da carteira (curto, médio ou longo prazo).
Para isso, ao criar uma carteira de investimentos, a alocação dos ativos é fundamental e refletirá a relação entre rentabilidade e risco que estamos buscando.
Podemos gerenciar nossa própria carteira de investimentos ou contratar um profissional (fundo de investimento, hedge fund, ETF). Somente se tivermos o conhecimento e a experiência suficientes, além de tempo, faremos isso por conta própria.
Como gerenciar minha carteira de investimentos
Existem três métodos para gerenciar uma carteira de investimentos, e cada um tem suas vantagens e desvantagens.
Gestão ativa de carteira
Na gestão ativa de carteira, o gestor se encarrega de analisar e selecionar os valores e ativos que compõem a carteira a cada momento; ele decide o que comprar, quando, a que preço e o que vender.
Busca-se superar o mercado. Ou seja, se criarmos uma carteira de investimentos na Bolsa brasileira, o objetivo será obter uma rentabilidade melhor do que o Ibovespa. Se for uma carteira europeia, seria superar o Eurostoxx 50; se for norte-americana, superar um dos principais índices dos Estados Unidos, por exemplo, o S&P 500.
- A vantagem é que temos muitos ativos para analisar, selecionar, comprar e adicionar à nossa carteira de investimentos.
- A desvantagem é que, a longo prazo, poucos gestores conseguem superar o mercado.
Gestão passiva de carteira
A gestão passiva de carteira não busca obter uma rentabilidade melhor do que o mercado, mas sim igual. Para isso, a carteira de investimentos será composta pelas mesmas ações que formam um índice de ações e, além disso, cada uma delas na mesma proporção.
- A vantagem é que não temos a pressão de buscar e selecionar ações para comprar, já que serão as que compõem o índice de ações que pretendemos replicar.
- A desvantagem é que devemos estar sempre atentos, pois a ponderação das ações em um índice varia, assim como a composição (entram e saem ações), então teremos que reajustar nossa carteira.
Gestão de carteira focada
A gestão de carteira focada consiste em selecionar algumas ações que tenham boas chances de obter rendimentos interessantes a longo prazo (acima da média do mercado), de modo que a carteira se concentra nessas ações e as mantém a longo prazo.
Concentram-se empresas sérias e bem geridas. Um número razoável seria entre 10 e 20 empresas, e 85% do valor total da carteira deveria estar concentrado em 15 dessas companhias.
O horizonte a longo prazo deve ser de, no mínimo, 5 a 10 anos.
Perfis de uma carteira de investimentos e alocação de ativos
Dependendo do perfil de risco, podemos falar de vários tipos de carteiras de investimentos com diferentes alocações de ativos.
Logicamente, trata-se de uma referência, não deve ser considerado como valores exatos, mas como uma orientação perfeitamente válida.
Carteira com enfoque agressivo
70-80% em ações, 10-20% em títulos do governo, 10% em dinheiro para aproveitar qualquer oportunidade de investimento que surja.
Carteira com enfoque muito agressivo
Se o perfil for muito agressivo, seria 100% em ações ou 90% em ações e 10% em liquidez, caso apareçam novas oportunidades.
Carteira com enfoque moderado
Aumenta-se a exposição à Bolsa em detrimento dos títulos. A alocação de ativos seria: 25% em dinheiro/depósitos/contas remuneradas, 40% em ações, 35% em títulos do governo, ou 50% em ações, 40% em títulos e 10% em dinheiro/depósitos/contas remuneradas.
Carteira conservadora
O peso em renda variável deve ser menor e apenas em grandes empresas. A alocação de ativos seria: 25% em ações, 50% em títulos do governo, 25% em dinheiro ou em depósitos bancários/contas remuneradas.
Carteira muito conservadora
0% em ações, 50% em renda fixa (títulos) e 50% em depósitos e contas remuneradas.
Como montar uma carteira de investimentos diversificada
Uma regra de ouro básica e essencial para criar uma carteira de investimentos é que ela deve estar devidamente diversificada, tanto em ativos quanto em mercados e áreas geográficas.
Assim, conseguimos não colocar todos os ovos na mesma cesta e, se um país ou mercado se comportar mal, podemos aproveitar o bom desempenho de outro país ou mercado.
Portanto, é fundamental gerenciar o risco redistribuindo o capital.
- Diversificar entre vários ativos: o ideal é distribuir o capital entre vários ativos, sendo os principais ações, índices, moedas, títulos, commodities. A seleção dos ativos e sua porcentagem dependerá do perfil de risco da carteira.
- Diversificar entre vários mercados: dentro de um mesmo ativo, também é necessário diversificar. Por exemplo, a parte de ações pode ser distribuída entre diferentes setores (bancos, energia, elétrica, etc.).
- Diversificar em diferentes áreas geográficas: sempre é positivo redistribuir entre ativos dos Estados Unidos, Europa, China, Japão, mercados emergentes, etc., para evitar que possíveis tensões geopolíticas em uma região nos afetem diretamente.
Rebalancear uma carteira de investimentos
Rebalancear uma carteira, também conhecido como reajustar uma carteira de investimentos, consiste em ajustar periodicamente o peso ou porcentagem que cada um dos diferentes ativos representa.
De maneira simples, periodicamente, é necessário verificar se a alocação inicial de ativos sofreu alterações ou não.
Ou seja, se os percentuais dos ativos em renda fixa e renda variável se desviaram muito ou não da composição original.
Caso afirmativo, é necessário reajustar o peso dos diferentes ativos que a compõem, conforme a evolução do mercado e o perfil do investidor.
8 Tipos de carteiras de investimento
Existem diversos tipos de carteiras de investimento, entre os quais se destacam os seguintes:
A carteira 40/60
É uma carteira de investimento, também chamada de carteira equilibrada, cuja principal característica é ser formada por dois tipos de ativos:
- 60% de ações (renda variável).
- 40% de títulos (renda fixa).
Esse tipo de carteira ajuda a minimizar o risco e as perdas econômicas quando há problemas (recessões, crises econômicas, incertezas, medos, etc.), mas não elimina o risco de perdas, apenas as reduz em comparação com uma carteira 100% de renda variável.
Também permite reduzir a volatilidade graças ao componente de renda fixa que apresenta.
Exemplo de carteira americana: formada por 60% de ações que compõem o índice S&P 500 e 40% por títulos do Tesouro dos EUA a 10 anos.
Exemplo de carteira espanhola: formada por 60% de ações que compõem o índice Ibex 35 e 40% por títulos do Tesouro a 10 anos.
A carteira 25/25/25/25
Este tipo de carteira de investimento se caracteriza por ser formada por quatro ativos, todos em partes iguais, ou seja, o capital é dividido em quatro partes iguais e destinado a cada um deles:
- 25% em ações: geralmente opta-se por ações dos Estados Unidos ou ações da Europa.
- 25% em títulos do governo: recomenda-se que sejam títulos do governo e não títulos de empresas (títulos corporativos).
- 25% em commodities: que sejam líquidas e importantes.
- 25% em dinheiro: geralmente em depósitos bancários cujo prazo não seja elevado, assim como em contas bancárias remuneradas.
A vantagem que essa carteira de investimento oferece é que ela é muito diversificada, de modo que, aconteça o que acontecer, sempre algum desses ativos subirá, mesmo que outros caiam, minimizando o risco de perdas no pior dos cenários.
A carteira modelo Swensen
Esta carteira de investimento baseia-se na divisão do capital que queremos investir em seis ativos diferentes, alocando diferentes porcentagens a cada ativo:
- 30% em ações dos Estados Unidos
- 15% em ações de economias desenvolvidas
- 5% em mercados emergentes
- 15% em títulos do Tesouro dos Estados Unidos
- 15% em títulos protegidos contra a inflação
- 20% em imóveis
Uma maneira muito favorável de diversificar nossos investimentos em diversos tipos de ativos, a fim de reduzir a volatilidade e o risco de perdas econômicas.
A carteira permanente de Harry Browne
Este tipo de carteira baseia-se em investir o dinheiro em quatro ativos, que são:
- Ações: é preferível investir em ações dos Estados Unidos e ações europeias.
- Títulos de longo prazo: especificamente títulos do governo, não títulos de empresas.
- Ouro: por meio de fundos de investimento e ETFs.
- Liquidez: depósitos bancários cujo vencimento não seja elevado, assim como contas bancárias remuneradas.
O dinheiro que destinamos ao investimento deve ser dividido em partes iguais entre esses quatro ativos, ou seja, 25% do dinheiro em cada um deles.
A carteira Dogs of Dow
Esta carteira de investimento foi criada para ser utilizada com ações do índice Dow Jones, mas é perfeitamente válida também para outros índices americanos e europeus.
Consiste em escolher as 10 ações que compõem o índice e que têm o maior rendimento por dividendo no final da última sessão do ano. Portanto, compramos ações dessas 10 empresas, o mesmo número de ações de cada uma das 10, e as mantemos sem vender durante todo o ano.
Os passos são simples:
- No final da última sessão de bolsa do ano, verificamos quais foram as 10 empresas do índice com melhor rendimento por dividendo.
- Compramos ações dessas 10 empresas, mas o mesmo número de ações em cada uma delas.
- Mantemos as ações compradas das 10 empresas durante todo o ano seguinte e não as vendemos até o último dia de negociação de dezembro.
A carteira de dividendos: aristocratas e reis
A carteira de dividendos aristocratas consiste em comprar ações de empresas denominadas aristocratas do dividendo. Trata-se de empresas que atendem aos seguintes requisitos:
- Ter aumentado o dividendo por, no mínimo, 25 anos consecutivos.
- Fazer parte do índice S&P 500.
- Ter uma capitalização de mercado mínima de 3 bilhões de dólares.
- Ter um volume médio diário de negociação mínimo de 5 milhões de dólares.
Para saber quais ações são, existem uma série de índices aristocráticos, mas o mais importante é o chamado S&P 500 Dividend Aristocrat, que apareceu pela primeira vez em 2005. Também há o S&P High Yield Dividend Aristocrats, formado por empresas do S&P 1500 que aumentaram a distribuição aos acionistas a cada ano durante pelo menos 20 anos. Ou o Nasdaq US Dividend Achievers Select, formado por empresas que têm pelo menos 10 anos aumentando seu dividendo.
A carteira dos reis do dividendo baseia-se na compra de ações de empresas chamadas reis do dividendo, empresas que têm as seguintes características:
- São empresas dos Estados Unidos.
- Devem estar listadas em um dos principais índices de ações americanos.
- Têm distribuído e aumentado seu dividendo por um período de pelo menos 50 anos.
Carteira value
A carteira value será formada por ações de valor (value), ou seja, ações baratas e subvalorizadas porque seu valor intrínseco é inferior à sua cotação atual.
Depois de selecionadas as ações de valor, elas são compradas e mantidas sem pressa, esperando que, com o tempo, o próprio mercado vá, aos poucos, ajustando seu preço, a médio e longo prazo, ao que realmente vale.
Carteira growth
Esta carteira baseia-se em ações de crescimento (growth), empresas que têm um importante potencial de crescimento em relativamente pouco tempo, empresas ligadas ao mundo das startups e do setor tecnológico, companhias que surgiram há pouco tempo, que estão se expandindo rapidamente, que não distribuem dividendos nem recompram ações porque reinvestem todos os lucros em seu negócio para continuar crescendo.
Como usar a Carteira de Investimento do Investing.com e suas características
No Investing.com ou em nossa ferramenta premium InvestingPro, você encontrará vários tipos de carteiras de investimento muito interessantes, que, a médio e longo prazo, superam o mercado.
Você poderá acessar todas elas, ver as ações que compõem cada uma, as mudanças que ocorrem (entradas e saídas), especificamente no início de cada mês.
Essas carteiras, ao selecionar as ações que as compõem, são baseadas em inteligência artificial e em uma série de métricas e índices de análise fundamentalista (AF).
Dessa forma, você poderá replicar confortavelmente as carteiras que mais lhe interessam.
As carteiras são as seguintes:
- Vença o S&P 500: formada por 20 empresas do S&P 500. Rentabilidade anualizada de 24,1%.
- Domine o Dow: composta por 10 empresas do Dow Jones. Rentabilidade anualizada de 19,1%.
- Titãs da Tecnologia: formada por 15 empresas líderes do setor de tecnologia. Rentabilidade anualizada de 29,8%.
- Melhores Ações de Valor: composta por possíveis joias ocultas de alto valor antes de se destacarem. Rentabilidade anualizada de 22,5%.
- O Melhor de Buffett: com os melhores ativos da carteira do maior investidor da história, Warren Buffett. Rentabilidade anualizada de 15,4%.
- Movimentadores Mid Caps: formada por 20 empresas de média capitalização de mercado. Rentabilidade anualizada de 18,1%.
O mais interessante é que a proporção de cada empresa em cada carteira é a mesma, ou seja, se uma carteira é formada por ações de 10 empresas, você destina a mesma quantidade de dinheiro para comprar as ações de cada empresa, tornando tudo muito mais rápido e simples.
Em resumo, acesse as estratégias de investimento mais rentáveis do mercado com base no modelo gratuito do Investing.com ou no premium InvestingPro, que utiliza inteligência artificial e índices de análise fundamentalista, tudo com grande eficácia comprovada e projetado para ajudar todo investidor a rentabilizar adequadamente e de forma simples seu capital.
Passos para criar sua carteira no Investing.com
- Acesse o Investing.com com sua chave de acesso.
- Escolha a carteira de investimento que deseja ver para replicá-la.
- Selecione as ações que compõem essa carteira, dessa forma você verá quais são e poderá comprar as ações para replicar a carteira.
- No primeiro dia útil de cada mês, verifique a composição da carteira no Investing.com, as ações que saíram da carteira e as que entraram, assim você poderá ajustar sua carteira vendendo as ações que saíram e comprando as novas que entraram.
InvestingPro: Supere o mercado com ações selecionadas por IA