Empresas de transmissão de energia na bolsa, quais são as melhores?

Estratégico para o sistema elétrico, o setor de transmissão é responsável por transportar a energia das unidades geradoras, como usinas hidrelétricas, solares e eólicas, até as unidades de consumo, como empresas, estabelecimentos públicos e residências. É por isso que muitos especialistas costumam dizer que ele atua como se fosse a “espinha dorsal” de todo o sistema, garantindo que a energia flua de forma eficiente, segura e confiável ao longo das redes de alta tensão.

No Brasil, o setor de energia foi desverticalizado nos anos 1990, quando houve a separação das atividades de geração, transmissão, distribuição e comercialização, aumentando sua eficiência e atraindo investimentos privados.

Foi nessa época que várias empresas estatais começaram a ser privatizadas, processo que continua ainda hoje com as empresas estaduais remanescentes, como é o caso das transmissoras de estados como Minas Gerais (Cemig) e Paraná (Copel).

O órgão responsável por regulamentar e fiscalizar as empresas do setor de transmissão é a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que operacionaliza a concessão de novas outorgas, com base nos programas de expansão definidos pelo Ministério de Minas e Energia (MME), a partir de estudos técnicos elaborados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

O modelo de negócios funciona da seguinte maneira: são organizados leilões de concessão, em que o governo federal licita projetos de transmissão, definindo a chamada Receita Anual Permitida (RAP), que serve de base para remunerar os investidores.

Dessa forma, o principal risco para os investidores está na construção do projeto, isto é, o capex (“capital expenditure”, despesas de capital), já que a receita é garantida ao longo de 20-30 anos após o início da operação. Além disso, a competição nos leilões pode pressionar as margens das empresas e exigir novas estratégias para viabilizar projetos.

O grande desafio que o setor vive atualmente é a criação de redes mais inteligentes, as chamadas “smart grids”, e a maior flexibilidade para integrar fontes renováveis intermitentes, principalmente com o avanço das energias renováveis, como a solar e a eólica.

Usando o InvestingPro para definir o preço-justo e o retorno com dividendos (dividend yield) de cada ação, apresentamos abaixo quais são as melhores empresas de transmissão de energia na B3 atualmente:

• Valor de mercado: R$ 11,744 bilhões
• Preço-justo: R$ 12,01
• Potencial: alta de 5,5%

A Taesa (Transmissora Aliança de Energia Elétrica) é uma das maiores empresas do setor de transmissão no Brasil, com foco em estabilidade financeira e distribuição de dividendos. Seu portfólio abrange concessões em diversas regiões, garantindo receitas previsíveis e ajustadas pela inflação. Conhecida por ser uma das preferidas dos investidores de longo prazo, a empresa oferece excelente retorno em dividendos, mantendo um balanço sólido e uma operação eficiente.

• Valor de mercado: R$ 17,833 bilhões
• Preço-justo: R$ 23,48
• Potencial: queda de 2,8%

A Isa Cteep (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista) é uma das principais transmissoras do Brasil, com grande presença no Sudeste, a região de maior consumo energético do país. A empresa combina inovação e eficiência operacional, resultando em um dos melhores índices de retorno para seus investidores. Reconhecida por sua forte política de dividendos, a Isa Cteep é referência no setor de transmissão por sua gestão sólida e foco em sustentabilidade.

• Valor de mercado: R$ 31,005 bilhões
• Preço-justo: R$ 36,09
• Potencial: alta de 5%

Embora amplamente conhecida por sua atuação no segmento de geração de energia renovável, a Engie Brasil também possui participação relevante no setor de transmissão. A empresa vem expandindo sua infraestrutura de linhas de transmissão, alinhando sua estratégia à transição energética global. Seu compromisso com inovação e sustentabilidade a coloca como uma das empresas mais relevantes no mercado energético brasileiro.

• Valor de mercado: R$ 20,647 bilhões
• Preço-justo: R$ 5,70
• Potencial: queda de 20,3%

Tradicionalmente focada no segmento de distribuição, a Energisa tem aumentado sua atuação em transmissão como parte de sua estratégia de diversificação. Seus projetos de transmissão visam complementar suas operações em mercados regionais, aproveitando sinergias com sua base de distribuição. Essa expansão reflete o posicionamento estratégico da empresa em se consolidar como um player relevante no setor elétrico brasileiro.

• Valor de mercado: R$ 8,757 bilhões
• Preço-justo: R$ 7,20
• Potencial: queda de 21,5%

A Alupar é uma empresa integrada que opera nos segmentos de transmissão e geração de energia, oferecendo uma diversificação atrativa para investidores. Seu portfólio abrange projetos estratégicos em transmissão de longa distância e usinas renováveis, como hidrelétricas e parques eólicos. Com uma estratégia de expansão constante, a Alupar tem se destacado pela conquista de novos contratos e sua capacidade de crescimento sustentável.

Como o preço-justo e o dividend yield de cada ação varia de acordo com sua cotação após cada pregão, o ideal é que o investidor crie uma lista de favoritos no InvestingPro para monitorar o desempenho dos papéis, definindo esses e outros indicadores de sua preferência.

Para criar uma lista de favoritos, basta clicar em “Favoritos” no menu à esquerda e depois em “+ Nova Lista de Favoritos”, no canto superior direito da tela do InvestingPro.

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As empresas de transmissão de energia são responsáveis por transportar energia elétrica das usinas geradoras até as distribuidoras, utilizando redes de alta tensão. Elas operam como intermediárias essenciais para que a energia chegue com eficiência e segurança aos consumidores.

Investir no setor de transmissão é atrativo por várias razões:

• Fluxo de caixa previsível: os contratos de longo prazo garantem estabilidade financeira.
• Proteção contra a inflação: as receitas são ajustadas por índices como o IPCA.
• Altos dividendos: as empresas são conhecidas por suas generosas distribuições.
• Resiliência econômica: o setor é pouco impactado por crises econômicas, pois depende da infraestrutura e não do consumo direto.

Sim, o setor de transmissão é conhecido por sua estabilidade e geração de renda passiva, sendo ideal para investidores que buscam segurança e retornos consistentes ao longo do tempo.

Apesar de ser estável, o setor apresenta alguns riscos, como:

• Mudanças regulatórias: a Aneel pode alterar regras que impactem receitas.
• Leilões competitivos: margens podem ser pressionadas por concorrência acirrada.
• Necessidade de inovação: adaptação a novas tecnologias, como redes inteligentes, exige investimentos.

Alguns critérios para avaliar são:

• Histórico de dividendos: avalie empresas com payout consistente.
• Endividamento: confira a alavancagem financeira em relação à capacidade de geração de caixa.
• Portfólio de projetos: prefira empresas com portfólios diversificados e participação em leilões futuros, porque tendem a ter maior crescimento.

Ao criar uma lista de favoritos no InvestingPro, você consegue ter uma visão geral das ações monitoradas em uma única tela, cujos indicadores podem ser facilmente personalizados, como mostra a imagem abaixo: