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Chuvas afetam fase final de safras de soja, arroz e milho do Rio Grande do Sul

Publicado 02.05.2024, 10:40
Atualizado 02.05.2024, 18:35
© Reuters. Armazém com soja no Rio Grande do Sul
3/04/2024
REUTERS/Diego Vara
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Por Roberto Samora e Ana Mano

SÃO PAULO (Reuters) - As chuvas torrenciais no Rio Grande do Sul trouxeram prejuízos para lavouras de soja, arroz e milho, ainda que a maior parte das áreas já tenha sido colhida no Estado, enquanto há preocupações com a qualidade e volumes das safras remanescentes nos campos, afirmaram integrantes do setor agrícola nesta quinta-feira.

O grande volume de chuvas já causou a morte de pelo menos 13 pessoas, levando o Estado a decretar estado de calamidade pública.

"As chuvas torrenciais no Rio Grande do Sul já vêm causando inúmeros transtornos e prejuízos... perdas nas áreas de soja, milho e arroz e outras culturas, mas também transtornos no meio urbano, já que muitas estradas estão bloqueadas...", disse o agrometeorologista da Rural Clima Marco Antônio dos Santos, em boletim nesta quinta-feira.

Os prejuízos na zona rural só não são maiores porque o Estado já colheu a maior parte das lavouras de soja, arroz e milho da temporada.

O Rio Grande do Sul, a despeito das chuvas, caminha para ser o segundo produtor de soja do Brasil na safra 2023/24, atrás de Mato Grosso, após o Estado ter sido beneficiado pelo clima em boa parte do ciclo.

Até esta quinta-feira, o Rio Grande do Sul havia colhido 76% das áreas de soja e 83% das de milho, segundo dados da Emater, que manteve no boletim uma estimativa de produtividade média para o Estado de 3.329 kg/hectare.

Segundo Santos, da Rural Clima, nos próximos dias continuará chovendo em grande parte da metade norte do Rio Grande do Sul, além do extremo sul de Santa Catarina.

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"Essas chuvas muito volumosas e sem intervalo com sol para colher sempre acabam trazendo prejuízos na questão da qualidade", disse o analista da AgRural Adriano Gomes.

Segundo ele, a porção noroeste do Rio Grande do sul já está com a colheita na reta final, enquanto na parte ao sul há mais áreas por colher, "e é onde a preocupação é maior nesse momento".

"Claro que quem ainda tem soja na região noroeste para colher acaba sendo prejudicado, mas boa parte já foi retirada do campo antes dessa onda de chuva mais recente", pontuou.

Um corretor de grãos em Passo Fundo disse que cerca de 40% da soja ainda não foi colhida no sul do Rio Grande do Sul, enquanto no norte cerca de 80-90% da safra já foi colhida.

Antes das chuvas, a produção de soja do Rio Grande do Sul estava prevista para crescer quase 70%, para cerca de 22 milhões de toneladas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em dado do mês passado. No milho, a safra estava estimada em mais de 5 milhões de toneladas, alta de 37,5%, com o Estado se recuperando da seca da temporada passada.

No final de semana, as chuvas diminuem, dando uma trégua entre domingo e segunda. Porém, disse o meteorologista da Rural Clima, uma nova frente fria deve se formar no Sul entre 6 e 7 de maio, e a partir do dia 9 novas chuvas estão previstas para o Rio Grande do Sul.

"Volumes menores, mas qualquer chuva em solo extremamente encharcado já é caos."

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PREJUÍZOS PARA O ARROZ

Segundo o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do RS (Federarroz), Alexandre Velho, o excesso de chuvas em várias regiões arrozeiras "trouxe muitos prejuízos, principalmente na região central".

Ele disse que áreas plantadas na beira de rios foram inundadas no centro do Estado.

"Muito produtores não vão ter como colher em várias lavouras, a situação é grave e preocupante... infelizmente, alguns produtores perderam tudo", afirmou ele, em um boletim.

De acordo com Velho, a federação está quantificando o tamanho dos prejuízos, e só será possível finalizar o trabalho quando a chuva parar, "porque hoje infelizmente nem estrada tem para chegar nas regiões".

Segundo dados da estatal Conab, havia expectativa de crescimento da safra de arroz gaúcha em quase 8%, segundo estimativa divulgada no mês passado, para cerca de 7,5 milhões de toneladas. Isso representa aproximadamente 70% da produção brasileira.

O Estado, o maior produtor brasileiro de arroz, tinha colhido 78,76% das áreas até a semana passada, segundo dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

(Por Roberto Samora e Ana Mano)

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Ai os preços disparam nos mercados e jaja aparece um retardado falando Fazueli fazueli
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