🎁 💸 É grátis! Copie a lista de ações mais lucrativas da carteira de Warren Buffett, com lucro de +49,1%Copiar carteira

Ex-auxiliar de Bolsonaro, Mauro Cid é preso novamente após vazamento de áudios

Publicado 22.03.2024, 15:41
© Reuters. Tenente-coronel Mauro Cid
24/08/2023
REUTERS/Adriano Machado

Por Lisandra Paraguassu e Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, voltou a ser preso nesta sexta-feira, informou o Supremo Tribunal Federal (STF), após o vazamento de áudios do ex-auxiliar em que ele afirma ter sido pressionado pela Polícia Federal e tece críticas ao ministro do STF Alexandre de Moraes.

De acordo com o STF, a validade dos termos da colaboração premiada de Cid passam por análise. O ex-auxiliar de Bolsonaro já corria o risco de perder os benefícios da colaboração firmada com a PF após a instituição constatar lacunas durante as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado.

De acordo com o STF, Cid teria violado os termos do acordo ao conversar sobre o assunto com interlocutores, ainda não revelados.

Cid foi preso logo após prestar depoimento durante audiência no STF nesta sexta. "Após o término da audiência de confirmação dos termos da colaboração premida, foi cumprido mandado de prisão preventiva expedido pelo ministro Alexandre de Moraes contra Mauro Cid por descumprimento das medidas cautelares e por obstrução à Justiça. Mauro Cid foi encaminhado ao IML pela PF", informou o STF em nota.

O ex-ajudante de Bolsonaro ainda foi alvo de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira. Foram apreendidos novamente celulares e computadores.

Na audiência no STF, Cid voltou atrás nas declarações que havia feito nos áudios vazados à revista Veja. A íntegra do depoimento, liberado na noite desta sexta-feira pelo ministro Alexandre de Moraes, mostra que o militar classificou sua fala como um desabafo e negou que tivesse sofrido pressão dos policiais para confirmar uma "narrativa", como disse nos áudios publicados pela revista.

Cid afirma que falou as frases em um "desabafo, em um momento ruim" e que não conseguiu identificar a quem teria falado e não sabe como houve o vazamento.

Disse, ainda, que foi chamado pelos delegados para corroborar a investigação e "fechar buracos" que ainda existiam, e reafirmou sua intenção de manter a colaboração premiada.

Durante a audiência, Cid ainda se queixou que "perdeu tudo", que a "carreira está desabando", que os amigos o tratam "como leproso", que queria ter sua vida de volta e que acreditava "que as pessoas deviam estar o apoiando e dando sustentação".

O ex-auxiliar de Bolsonaro havia sido preso em maio do ano passado, durante uma operação da PF para investigar fraudes na carteira de vacinação do ex-presidente e de aliados. Após prestar três depoimentos, Cid fechou um acordo de colaboração com a polícia, homologado por Moraes em setembro.

O militar foi então colocado em liberdade provisória por Moraes, que impôs uma série de condicionantes, como uso de tornozeleira eletrônica e a obrigação de se apresentar semanalmente à Justiça.

© Reuters. Tenente-coronel Mauro Cid
24/08/2023
REUTERS/Adriano Machado

Em áudios divulgados pela revista Veja na quinta-feira atribuídos a Cid, o militar teria dito a um amigo ter sido pressionado pela PF e acusado os investigadores de estarem com a "narrativa pronta" sobre ele. O ex-ajudante de ordens também teria dito ao interlocutor que Moraes estaria com "a sentença dele pronta".

Os áudios foram gravados na semana passada, segundo a Veja, após depoimento de Cid à PF.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu e Maria Carolina Marcello)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.