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Petrobras: Analistas veem troca como decepção e clara interferência governamental

Publicado 15.05.2024, 14:41
© Reuters.
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Investing.com – Intervencionismo com instabilidade foi a percepção de mercado com a troca da gestão da Petrobras. Os riscos pareciam ter diminuído com menos ruídos e notícias da imprensa, mas após a “poeira baixar”, a mudança se materializou, decepcionando investidores e analistas com o claro entendimento de intervenção governamental, levando à forte queda nos papéis da companhia. Às 14h42 (de Brasília), as ações preferenciais recuavam 5,95%, a R$38,44, enquanto as ações ordinárias perdiam 7%, a R$39,92, e as American Depositary Receipts (ADRs) estavam em baixa de 7,22%, a US$15,47.

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As ações da Petrobras (BVMF:PETR4) perderam o equivalente ao valor de mercado da Equatorial (BVMF:EQTL3), comparou o consultor Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria. “Até as 12h do pregão do dia 15 de maio, a Petrobras viu seu valor de mercado cair para R$ 507 bilhões, uma queda de R$ 35,3 bilhões em relação ao dia anterior”, detalhou o consultor.

Ao sair da sede da companhia, Jean Paul Prates disse que deixa a estatal em uma condição melhor do que quando tomou posse no início de 2023. A mudança ocorre após uma longa fritura do ex-senador, com permanência vista como insustentável por membros do governo, ao considera-lo “traidor”. O impasse começou com os dividendos extraordinários, quando Prates defendeu a distribuição de metade dos valores retidos, o que ocorreu posteriormente, mas enfrentou resistência de conselheiros governistas. Depois da briga exposta em redes sociais com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, Prates fez uma espécie de ultimato para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidisse se ele iria manter o cargo ou não – ação que não foi bem recebida.

Na opinião do Bank of America (NYSE:BAC) (BofA) a demissão de Prates é decepcionante, mas não foi surpreendente, tendo em vista o fluxo de notícias. “O atrito começou no ano passado, quando agências de notícias locais relataram a insatisfação de alguns representantes do governo com o desalinhamento da administração de Prates com a agenda econômica do governo (preços dos combustíveis e inflação, produção de gás e promoção do crescimento econômico através de investimentos mais elevados, etc.)”, recordam os analistas Caio Ribeiro e Leonardo Marcondes.

O BofA avalia a mudança como negativa, pois apesar da volatilidade dos papéis nos últimos meses, Prates “conseguiu ganhar muita confiança do mercado em relação a importantes tópicos como política de preços de combustíveis alinhada com os preços internacionais, produção upstream superando guidance e uma distribuição de dividendos mais forte em relação aos pares”.

Assim, a alteração poderia sinalizar para uma possível mudança no foco da companhia, enquanto evidencia “clara interferência do governo na empresa”. A recomendação segue neutra, com preço-alvo de R$42 para ações preferenciais e US$16,80 para ADRs.

O Morgan Stanley (NYSE:MS) acreditava que os riscos tinham ficado no passado e também considerou a alteração como negativa. Os analistas Bruno Montanari, Thiago Casqueiro e Carlos Moraes disseram que a empresa terá seu 43º CEO desde a sua constituição e o 10º na década passada, o que consideram um montante muito elevado.

A troca poderia levar a mudanças nos negócios e na estratégia e poderia "ser seguida por uma substituição da maior parte da equipe de gerenciamento”. O Morgan segue com indicação neutra, com preço-alvo de US$19 para as ADRs, mas prevê volatilidade no curto prazo e indica que pode haver uma reavaliação, a depender de como a nova gestão irá se comportar. “Seguindo o barulho em torno da retenção extraordinária de dividendos, a substituição do CEO adiciona outra camada de percepção de intervenção”.

O Jefferies apontou que a troca levanta questionamentos e, por isso, rebaixou a recomendação de compra para neutra, com preço-alvo cortado da PBR de US$21,2 para US$17,7 e de US$19,3 para US$ 16,8 para as referentes a ações preferenciais (NYSE:PBRa).

“A decisão do governo brasileiro de substituir o CEO da Petrobras, Prates, pela ex-reguladora de energia Magda Chambriard, parece ser uma escalada do impulso de intervir na empresa. Acreditamos que isso provavelmente levantará questões entre investidores sobre a governança da PBR e manter o desconto no valuation”, alegaram os analistas Alejandro Anibal Demichelis, Pedro Baptista e Alessandro Conti.

Troca traz nome técnico, mas leva a preocupações sobre ajustes no plano estratégico

O Conselho de administração da Petrobras nomeou como presidente interina Clarice Coppetti, atual diretora executiva de Assuntos Corporativos da companhia, e aprovou o fim antecipado do mandato de Prates, conforme anunciado em fato relevante.

Coppetti vai realizar a transição até a eleição e posse da nova presidente, Magda Chambriard, indicada na noite desta terça. A engenheira, que foi funcionária de carreira da estatal, é ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com atuação durante a durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), de 2012 a 2016. O nome ainda precisa ser aprovado pelos acionistas da companhia. Além disso, o conselho indicou como CFO interino Carlos Rechelo Neto, atual gerente executivo de finanças, após a demissão de Sergio Caetano Leite.

Em conversa com a nova indicada, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, solicitou agilidade nos investimentos, empenho para cumprir o plano estratégico 2024-2028 e para destravar o licenciamento ambiental para explorar a Margem Equatorial.

Na opinião do Morgan Stanley, “a nova CEO traz vasta formação técnica, mas preocupações de intervenção surgirão”, lamenta o banco. O Jefferies compartilha desse entendimento e adianta que há risco de que o plano estratégico da empresa seja ajustado. “Embora continuemos a acreditar que o quadro de governança da Petrobras é forte, vemos aumento do risco de que a Petrobras possa ser mais influenciada pela agenda política”.

Petrobras no InvestingPro

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Protips Petrobras

A saúde financeira da Petrobras possui pontuação geral 3,48, considerada como nota B, ou “desempenho excelente”, segundo o InvestingPro.

Saúde financeira Petrobras

O preço-justo das ações preferenciais é estimado em R$60,50, potencial de alta de 56,9%, de acordo com 13 modelos de investimentos, com grau de incerteza médio. Os modelos possuem preços que vão de R$38,76 a R$79,20. O alvo de dez analistas é mais pessimista, em R$42,53. Os analistas estimam preço-alvo de R$34 a R$47.

Para as ADRs (em dólar), o preço-justo projetado pela plataforma é de US$24,96, potencial de alta de 61,2%, com grau de incerteza médio. Os 14 modelos preveem US$15,60 a US$32,90. O alvo de 14 analistas é mais pessimista, a US$17,40, com estimativas que vão de US$13 a US$21.

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