Garanta 40% de desconto
🚨 Mercados voláteis? Descubra joias escondidas para lucros extraordinários
Descubra ações agora mesmo

Taxas de juros futuras sobem sob influência de leilão de títulos nos EUA e Galípolo

Publicado 24.04.2024, 16:48
© Reuters. Moedas de 1 real
15/10/2010
REUTERS/Bruno Domingos

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos DIs fecharam a quarta-feira em alta firme no Brasil, superior a 10 pontos-base em alguns vencimentos, impulsionada pelo avanço dos yields dos Treasuries em dia de leilão de títulos de cinco anos e por comentários duros do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, sobre a busca da meta de inflação de 3%.

No fim da tarde a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2025 estava em 10,34%, ante 10,298% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 10,615%, ante 10,502% do ajuste anterior.

Já a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,92%, ante 10,811%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 11,19%, ante 11,08%. O contrato para janeiro de 2031 marcava 11,58%, ante 11,471%.

Pela manhã as taxas dos DIs já oscilavam em alta em sintonia com o avanço dos yields nos EUA, mas após as 11h o movimento se intensificou.

O primeiro impulso veio do exterior, em meio à expectativa antes do leilão de 70 bilhões de dólares de títulos de cinco anos do Tesouro norte-americano. Os yields atingiram as máximas do dia pouco depois das 11h (horário de Brasília).

O segundo impulso para as taxas dos DIs veio de comentários de Galípolo durante evento em São Paulo, em que defendeu a busca da meta de inflação de 3%.

“Do ponto de vista de diretor de Política Monetária, isto não é um tema... Meta não é para se discutir, é para se perseguir", afirmou, reforçando que a discussão sobre a viabilidade da meta de inflação não é feita no Copom e é um “não-tema”.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

A fala de Galípolo, considerada hawkish (dura) com a inflação, contribuiu para que as taxas futuras atingissem os picos do dia: às 11h37 a taxa para janeiro de 2026 estava em 10,670%, em alta de cerca de 17 pontos-base ante o ajuste da véspera.

“Galípolo era um nome que o mercado via com certa desconfiança, e como ele está sendo cotado para ser o sucessor do (presidente do BC, Roberto) Campos Neto, o discurso dele acabou dando uma puxada na curva de juros”, pontuou Vitor Oliveira, especialista em renda fixa da One Investimentos.

Ex-integrante do Ministério da Fazenda comandado por Fernando Haddad, Galípolo foi indicado para a diretoria do BC em meio à avaliação de que ele seria mais dovish (brando com a inflação) que os dirigentes que estavam na autarquia desde o governo de Jair Bolsonaro.

Assim, a fala mais dura de Galípolo neste momento foi vista como um sinal de comprometimento de toda a cúpula do BC com o controle da inflação.

“Galípolo foi colocado (no BC) já pelo governo atual e é cotado para substituir o Roberto Campos Neto, mas ele está falando no mesmo tom dos outros dirigentes”, pontuou Daniel Leal, estrategista de renda fixa da BGC Liquidez. “Aí o mercado já compra isso.”

Na visão de Leal, porém, o principal condutor para a alta dos juros futuros no Brasil nesta quarta-feira foram novamente os Treasuries, cujo movimento foi influenciado pelo leilão de títulos de cinco anos.

“A curva norte-americana até abriu um pouco mais comportada, mas tivemos o leilão de títulos demonstrando que o governo dos EUA vai ter dificuldade nos próximos anos para lidar com a situação fiscal”, avaliou Leal. “Este é o grande driver (condutor) que dá toda a direção do mercado... E você já pega um mercado muito machucado no Brasil”, acrescentou.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Além da abertura da curva norte-americana, profissionais têm citado a piora da percepção de risco fiscal no Brasil como fator de estresse sobre os ativos.

Neste cenário, perto do fechamento desta quarta-feira a precificação da curva a termo estava em 95% de probabilidade de corte de 25 pontos-base da Selic em maio e 5% para corte de 50 pontos-base. Em comunicações anteriores, antes da piora do cenário, o BC havia estabelecido um forward guidance de corte de 50 pontos-base no próximo encontro. Atualmente a Selic está em 10,75% ao ano.

Profissionais ouvidos pela Reuters afirmaram que no mercado de opções de Copom as apostas para maio estão mais divididas entre 25 e 50 pontos-base, o que de certo modo reflete as dúvidas sobre o próximo passo do BC.

No fim da tarde, já após o leilão de títulos de cinco anos, as taxas dos Treasuries seguiam em alta.

Às 16h36, o rendimento do Treasury de dez anos -- referência global para decisões de investimento -- subia 5 pontos-base, a 4,644%.

Últimos comentários

Foi colocado pelo atual desgoverno ??? hmmmm não confio.....isso pode ser teatro.
É na Mantega. Mantega. Mantega...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.