Investing.com – As empresas de telecomunicação Tim e Vivo divulgam balanços referentes ao primeiro trimestre deste ano na próxima semana, e a visão de analistas é de que os indicadores devem ser positivos, com alta na receita acima da inflação, diante de repasses de preços aos clientes, além de expansão nas margens.
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O banco Santander (BVMF:SANB11) espera que as empresas de telecomunicações brasileiras apresentem resultados fortes referentes ao primeiro trimestre, continuando a apresentar crescimento de receita acima da inflação e expansão anual da margem Ebitda.
“Na nossa opinião, as sólidas tendências de crescimento das receitas serão impulsionadas principalmente pelo segmento móvel, à medida que as operadoras continuam a se beneficiar de um ambiente de preços racional”, apontam os analistas Aline de Souza Cardoso, Guilherme Bellizzi Motta e Luane Fontes.
“A sinalização para 2024 continua positiva, já que tanto Vivo quanto TIM aumentaram recentemente os preços duas ofertas e espera-se que implementem aumentos de preços para sua base de clientes existente nos próximos meses”, completam os analistas do Santander.
O Bank of America (NYSE:BAC) pontua que as empresas de telecomunicação brasileiras estão com posição atraente, com sólido impulso operacional e desconto em relação a níveis históricos de valuation. A expectativa do BofA é de que a telefonia móvel siga forte nos balanços das companhias, com alta no crescimento da receita maior do que a inflação, também avaliando o mercado como racional.
“Devemos também ver expansão da margem EBITDA, já que historicamente as despesas de telecomunicações crescem abaixo da inflação”. Assim, o BofA reforça otimista sobre as empresas de telecomunicações brasileiras, com preferência pela Vivo.
“Esperamos que o sólido impulso no setor móvel continue, o que combinado com o declínio do investimento deverá levar a uma sólida geração de FCF e a um rendimento de dividendos de 11% para a Vivo (considerando R$3 bilhões de redução de capital) e 8% para a Tim”, completam os analistas Fred Mendes, Lucca R Brendim, Mirela Oliveira e Gustavo Tiseo.
Tim (BVMF:TIMS3)
A expectativa é de um lucro por ação (LPA) de R$0,23 e receita de R$6,038 bilhões, segundo o InvestingPro, plataforma premium do Investing.com. O balanço da companhia está marcado para 06 de maio, após o fechamento do mercado.
O BofA espera um sólido crescimento de receita e expansão de margem, com maior crescimento consolidado diante de exposição de 100% ao segmento móvel, o que deve contribuir para uma expansão de 120bps na margem Ebitda, que chegaria 47,2%, e um lucro líquido de R$590 milhões. O Santander, por sua vez, projeta um Ebitda de R$2,873 bilhões e um lucro líquido de R$494 milhões.
Segundo o Itaú BBA, a Tim deve manter a liderança no crescimento da receita sem fio, com impulso de preços. O banco espera que o lucro possa chegar a uma anual de dois dígitos, diante de melhor rentabilidade operacional e uma base de comparação considerada fácil.
A Genial Investimentos também espera mais um trimestre sólido, “com dinâmica similar à dos últimos trimestres, com crescimento de receita acima da inflação, impulsionado pelo segmento pós-pago sendo o destaque”. Além disso, a Genial também espera altas nas margens e avalia que, com a aquisição de ativos da Oi (BVMF:OIBR3), o ambiente competitivo estaria mais saudável. As projeções incluem receita líquida de R$6 bilhões, Ebitda de R$2,8 bilhões e lucro de R$530 milhões.
Vivo (BVMF:VIVT3)
A Telefônica Brasil (Vivo) deve apresentar um lucro por ação (LPA) de R$0,63 e receita de R$13,477 bilhões, também conforme o InvestingPro. Os indicadores financeiros serão divulgados em 07 de maio, após o fechamento de mercado.
O segmento móvel deve seguir como destaque, de acordo com o BofA, com aumentos reais nos preços, enquanto o setor fixo tende a desacelerar, com uma base de comparação difícil. A expectativa do BofA é de crescimento na margem Ebitda em 60bps em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo 39,5%, e o lucro líquido tende a alcançar R$1,9 bilhão. O Santander estima um Ebitda de R$5,379 bilhões e um lucro líquido de R$962 milhões.
O Itaú BBA, por sua vez, está na expectativa de um balanço positivo, com aumento nas receitas de serviços móveis e fixas. “O esperado crescimento anual de dois dígitos dos resultados financeiros provavelmente estará no centro das atenções”.
A Genial vai na mesma linha e enxerga o pós-pago como o destaque, mas uma desaceleração no crescimento de serviços fixos e aparelhos eletrônicos na base anual. No entanto, prevê uma expansão robusta em serviços móveis, o que compensaria o volume total de receitas e levaria a uma receita superior à inflação. A Genial estima uma receita de R$13,5 bilhões, Ebitda de R$5,32 bilhões e lucro de R$994 milhões.
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