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Xi e Putin condenam EUA e prometem estreitar laços em meio a avanço da Rússia na Ucrânia

Publicado 16.05.2024, 08:46
© Reuters. Presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, em Pequim
16/05/2024 Sputnik/Sergei Guneev/Pool via REUTERS

Por Bernard Orr e Guy Faulconbridge

PEQUIM/MOSCOU (Reuters) - O presidente da China, Xi Jinping, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, condenaram nesta quinta-feira o que consideram um comportamento cada vez mais agressivo dos Estados Unidos e prometeram aprofundar os laços militares e de defesa já estreitos entre seus países.

Em uma clara afronta a Washington, cujo principal diplomata viajou para a China no mês passado para tentar persuadir Pequim a reduzir seu relacionamento com Moscou, Xi sinalizou que seu país e a Rússia estão de acordo em uma série de questões importantes, inclusive sobre a Ucrânia, e que resistirão à pressão ocidental para diminuir seus laços.

"A relação China-Rússia hoje é conquistada com muito esforço e os dois lados precisam valorizá-la e cultivá-la", disse Xi a Putin.

"A China está disposta a alcançar conjuntamente o desenvolvimento e o rejuvenescimento de nossos respectivos países e trabalhar em conjunto para defender a equidade e a justiça no mundo."

Uma declaração conjunta falou de preocupações sobre o que foi descrito como esforços dos EUA para violar o equilíbrio nuclear estratégico, sobre a defesa global de mísseis dos EUA que ameaça a Rússia e a China e sobre os planos norte-americanos para armas não nucleares de alta precisão.

Putin, em sua primeira viagem ao exterior desde que foi empossado neste mês para um novo mandato presidencial, descreveu a cooperação entre Moscou e Pequim nos assuntos globais como um dos principais fatores de estabilização no cenário internacional.

"Juntos, estamos defendendo os princípios da justiça e uma ordem mundial democrática que reflete as realidades multipolares e se baseia no direito internacional", disse Putin a Xi.

A visita de Putin ocorre semanas depois que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, viajou para a China para levantar preocupações sobre o que ele disse ser o apoio chinês às Forças Armadas da Rússia e um dia depois que ele disse que Washington continuaria impondo sanções às empresas chinesas que fornecem produtos ao setor de defesa russo.

A viagem de Blinken à China parece ter sido uma tentativa malsucedida de minar uma parceria "sem limites" proclamada quando Putin visitou Pequim em fevereiro de 2022, poucos dias antes de enviar dezenas de milhares de tropas para a Ucrânia, desencadeando a guerra terrestre mais mortal na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Ao escolher a China para sua primeira viagem ao exterior desde que foi empossado neste mês para um mandato de seis anos que o manterá no poder até pelo menos 2030, Putin está enviando uma mensagem ao mundo sobre suas prioridades e a força de seus laços pessoais com Xi.

A declaração conjunta foi descrita como um aprofundamento do relacionamento estratégico e falou especificamente sobre como a cooperação nos setores de defesa entre os dois países melhorou a segurança regional e global e sobre os planos para intensificar os laços militares.

© Reuters. Presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, em Pequim
16/05/2024 Sputnik/Sergei Guneev/Pool via REUTERS

Xi disse que ambos os lados concordaram que uma solução política para a crise na Ucrânia é a "direção certa" e a declaração conjunta disse que ambos os países se opunham a um conflito prolongado na Ucrânia e sua possível transição para uma fase incontrolável.

Putin, que chegou na quinta-feira para uma visita de dois dias que incluirá conversas sobre Ucrânia, Ásia, energia e comércio, disse que é grato à China por tentar resolver a crise na Ucrânia, acrescentando que informará Xi sobre a situação no país, onde as forças russas estão avançando em várias frentes.

Putin e Xi compartilham uma mesma visão de mundo, que classifica o Ocidente como decadente, assim como a China desafia a supremacia dos EUA em tudo, desde a computação quântica e a biologia sintética até a espionagem e o poder militar.

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