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“Orçamento de guerra” ameaça as contas públicas, diz economista

Publicado 06.05.2024, 07:53
“Orçamento de guerra” ameaça as contas públicas, diz economista

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou neste domingo (5.mai.2024) ao Rio Grande do Sul com uma comitiva de cerca de 20 pessoas com integrantes dos Três Poderes disposta a liberar recursos da União para o Estado, devastado pela maior enchente da história.

O objetivo comum é criar um regime jurídico extraordinário que acabe com a burocracia e flexibilize o envio de recursos da União ao governo gaúcho. A ideia é viabilizar um “Orçamento de guerra”, mencionado várias vezes pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). O tucano sugeriu ainda um “Plano Marshall” –ajuda dos Estados Unidos aos países europeus destruídos pela 2ª Guerra Mundial (1939-1945).

Segundo o ex-diretor do IFI (Instituição Fiscal Independente) e economista-chefe da Ryo Asset, Gabriel Leal Barros, não há dúvidas de que o governo federal precisa ajudar o Rio Grande do Sul.

“A questão é como [ajudar]. Se for via crédito extraordinário será dentro das regras do jogo. Agora, se inventarem algum espantalho, criarem alguma válvula de escape da regra fiscal, há risco do Executivo perder o controle das contas públicas de vez”, afirmou.

Se o caminho for uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição), como já se aventou, o economista Leal disse que o risco é ainda maior. “Uma PEC se sobrepõe à lei complementar do arcabouço fiscal. Vai fragilizar ainda mais o marco fiscal”, afirmou.

Na 4ª feira (8.mai), a comissão especial para analisar a PEC 44 de 2023, que reserva 5% das emendas individuais dos congressistas para enfrentar catástrofes e emergências naturais, será instalada. A convocação foi feita por Lira depois do início das fortes chuvas no Sul.

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Pelo tamanho e poder da comitiva de Lula, a articulação é grande. O presidente chegou ao Estado acompanhado de 13 dos 38 ministros. Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, e o vice-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin, também foram.

A comitiva se reuniu com o governador gaúcho e com o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), e ouviu os detalhes do maior desastre da história do Rio Grande do Sul. Os temporais mataram 78 pessoas e afetaram 336 dos 497 municípios gaúchos, segundo o boletim da Defesa Civil divulgado às 18h deste domingo (5.mai).

Não há como sair do Estado pelo Aeroporto Internacional Salgado Filho, fechado até a 6ª feira (10.mai), nem por alguma das mais de 150 estradas bloqueadas ou destruídas. Na capital, falta água para 70% dos moradores. No interior, faltam energia e comunicação. O abastecimento de tanques de oxigênio nos hospitais está prejudicado e o sistema de água comprometido, como afirmou o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.

DISPUTA DE EGOS

Diante dessa calamidade, os políticos dos Três Poderes, que até a semana passada estavam envolvidos em pequenas disputas de ego, resolveram deixar as rusgas de lado, apesar de uma alfinetada do presidente, e se mobilizaram por uma solução para o cenário no Rio Grande do Sul.

Lula disse que não vai faltar dinheiro para o Estado, em regime de recuperação fiscal e com limite de gastos por conta da dívida com a União, de R$ 3,5 bilhões.

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Se cada deputado liberar emendas para o Rio Grande do Sul, serão alguns milhões”, disse o presidente.

Já Lira afirmou que a “semana será de muito trabalho no Congresso Nacional e a resposta será dura, firme e efetiva como foi na pandemia”.

Pacheco disse que o Congresso definirá regras para a liberação de emendas a senadores e deputados federais do Rio Grande do Sul. O congressista afirmou ainda que será preciso “tirar a burocracia de cima da mesa” para tratar da recuperação do Estado.

Nos cabe, presidente Arthur Lira, definirmos quais as regras de lei complementar, leis ordinárias, de Propostas Emenda à Constituição que podemos fazer no âmbito do Parlamento brasileiro para poder que isso [liberação de emendas] se faça com a segurança jurídica dos agentes públicos que as executarão”, afirmou.

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Últimos comentários

RS está em péssima gestão há 6 anos, com o engole Leite o escravismo disparou, desvio de dinheiro triplicou e zero investimentos em crises climáticas, esse aí gosta de roupa cara e cara de demagogo na mídia
pronto, já temos desculpas para furar o teto outra vez.
O que importa são as medidas concretas pra ajudar esse povo. Políticos só pensão em como se beneficiar desses desastres, não tem nenhuma benevolência, nenhuma vontade concreta de ajudar. Coitado desse nosso povo se depender dos políticos
É só ir passear de Jetski no Guarujá e torrar o cartão corporativo. Afinal, presídiente não é coveiro! 🐄🐃🐂
ou ir gastar milhoes com comitiva gigante no hotel mais caro do mundo, fazer compras nas lojas mais caras do mundo com cartão corp e impor 100 anos de sigilo no cartao da esbanja, né????
Nossos mandatários nos deram ontem a primeira grande demonstração de presença política de verdade dos últimos 524 anos no Brasil.
Nada como um problema em comum para gerar necessidade de cooperação entre os adversários.
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