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Cuidado, Emissão de Ações

Publicado 10.11.2014, 21:32
PBR
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LAND3
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Dejá vù

Começamos esta semana como começamos todas as outras: ajustando expectativas.

E, nesse exercício, ajustamos as expectativas como de habitual. As projeções do mercado para a economia brasileira em 2014 foram ajustadas - adivinha - para baixo: de “crescimento” de 0,24% para 0,20%.

Completamante no escuro quanto à futura equipe econômica e o que será do ajuste fiscal, adentramos 2015 com a expectativa de crescimento de apenas 0,8%, também segundo o relatório Focus.

O problema?

Os agentes de mercado têm se acostumado a errar para cima.

O eterno otimista

Lembrando que o relatório Focus contém as projeções de mais de 100 instituições financeiras. São entidades que participam ativamente da dinâmica dos mercados - ou, da formação dos preços.

Por isso, as expectativas do mercado são sim extremamente relevantes.

Como temos visto, no entanto, elas tratam de um processo de constante adaptação.

Para quem não se lembra, os primeiros relatórios Focus de 2014 apontavam crescimento esperado da ordem de 2,3% para este ano. Ou seja, bastante distante dos 0% atuais.

Ao contrário do discurso oficial, seriam os agentes de mercado demasiadamente otimistas?

Não se observarmos a enorme discrepância entre as expectativas do mercado e a ótica de governo.

Enquanto o Focus projeta 0,2% de crescimento para um 2014 (já) perdido, o governo ainda trabalha com crescimento de 0,9% (recentemente revisado).

Quando os agentes de mercado vislumbravam 2,3% de crescimento nas primeiras semanas deste ano, o governo trabalhava com crescimento de - pasme - 4%.

Se a expectativa dos agentes é extremamente relevante, a do governo não faz por menos. Por exemplo, os 4% de crescimento foram tomados como base na proposta de Orçamento para 2014.

A nova meta de superávit primário

Na sexta-feira, o ex-atual ministro Guido Mantega adiantou que a meta de superávit primário do ano que vem deve ser viabilizada entre 2% e 2,5% do PIB com os cortes de gastos em estudo e a redução dos subsídios...

Dejà vú?

Abrimos 2014 com uma meta de superávit primário mais modesta, de 1,9% do PIB. Faltam dois meses para terminar o ano e acumulamos déficit primário de R$ 15 bilhões, ou um resultado negativo de 0,42% do PIB (!).

Quando uma meta poderá ser levada a rigor?

Vai da credibilidade do autor, e do compromisso do mesmo em persegui-la.

O rei do descrédito


Lembrando que o autor da meta do PIB, da inflação, do superávit primário (etc...) é o mesmo da meta de produção da Petrobras.

A estatal petrolífera que passou 10 anos seguidos sem conseguir cumprir uma meta anual de produção sequer, e tem o ministro Mantega como presidente do Conselho de Administração, caminha para mais um ano de descrédito.

De janeiro até setembro deste ano, a produção da Petrobras acumula crescimento de 3,7%. Bom avanço, não fosse a meta de crescimento de 7,5%...

Se bem que diante dos riscos iminentes sobre a estatal, ninguém vai se lembrar se ela não cumprir mais essa.

Há dois meses do final do ano e com as ações próximas da mínima em 9 anos, infelizmente os gatilhos para a ação da Petrobras são outros. Não operacionais, e muito menos positivos.


Dois riscos imediatos de Petrobras

Risco 1 (congelamento): Matéria do Financial Times aponta a estatal brasileira como alvo de investigação pela SEC e pelo Departamento de Justiça dos EUA no âmbito da lei americana anti corrupção no exterior. A investigação representa um desincentivo à manutenção dos ADRs da Petrobras em carteira, pela possibilidade de eventual congelamento dos negócios com os papéis. Segundo levantamento da Agência Estado, de oito investidores institucionais que possuíam títulos da estatal brasileira, seis reduziram participação recentemente. Independente do desfecho do processo, o risco de sustentar uma posição ilíquida ao menos momentamente deve afastar o investidor dos ADRs, especialmente institucionais.

Risco 2 (financeiro): Não é novidade para ninguém que o reajuste de preços para inglês (ou mercado) ver, anunciado na semana passada, é insuficiente para a estatal. Com a escalada do dólar e qualquer recuperação no preço do petróleo no mercado internacional, a rotina de prejuízos com a importação de combustíveis voltarão à tona nos próximos resultados. Além disso, o aumento recém-anunciado afasta por ora a perspectiva de um reajuste adicional. Não é novidade para as agências de rating.

Dona da maior dívida corporativa do mundo, de mais de R$ 240 bilhões (já deduzido o caixa), com seus índices de alavancagem bastante acima do teto estipulado em seu Plano de Negócios, em 40% dívida líquida sobre patrimônio (contra limite de 35% do PN) e 3,9x dívida líquida/ebitda (contra limite de 2,5x do PN), e com a possibilidade de captar dinheiro via emissão de dívida mais cara no caso de rebaixamento adicional do rating, a emissão de novas ações pela Petrobras no ano que vem é um risco que não pode ser descartado.

Outra a emitir ações?

Fosse apontar uma outra empresa no radar para potencial aumento de capital via emissão de novas ações além da Petrobras, que acompanha o risco de diluição da base atual de acionistas, diria Vanguarda Agro (VAGR3).

A empresa admite isso publicamente, mas condiciona à necessidade de adquirir de 120 mil a 150 mil hectares de terras para o seu plano de expansão.

Será que é por conta da sua dívida líquida, que soma R$ 736 milhões (a empresa vale R$ 440 milhões)?

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