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Dólar: Feriado Nacional Com Manifestações Escala Instabilidade do País

Publicado 07.09.2021, 00:05
Atualizado 11.10.2023, 23:02
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Setembro será um mês importante e, por que não dizer decisivo, na questão da crise hídrica. O governo vai avaliar até outubro os impactos das medidas tomadas no final de agosto. Não se descarta ainda novo aumento na bandeira tarifária. A inflação então promete ficar ainda mais alta.

FOCUS: Nova bandeira tarifária de energia impulsiona projeções do IPCA em 2021

Hoje, feriado no Brasil, expectativa sobre as tensões políticas e os atos que ocorrem pró e contra o governo. STF e Centrão estão condicionando o acordo sobre precatórios e o novo Bolsa Família ao comportamento do presidente no evento de hoje. Uma solução para os precatórios abriria espaço no orçamento para fazer um Bolsa Família turbinado.

Quanto à reforma do Imposto de Renda (IR), a expectativa gira em torno das chances do projeto ser aprovado pela Câmara. A opinião dos tributaristas é de que as distorções aumentam a regressividade do sistema tributário brasileiro. A isenção de lucros e dividendos para quem ganha mais de R$ 300 mil por mês é um exemplo que gera perda na arrecadação. A Receita Federal, que é o órgão responsável pelo cálculo oficial, ainda não deu seu parecer. O secretário do Tesouro, no entanto, disse que o governo vem trabalhando com impacto de R$ 20 bilhões para a União. Para estados e municípios, a redução é da ordem de R$ 19,3 bilhões nas receitas, mas isso ainda pode ser revertido no Senado.

No Boletim Focus de ontem, a projeção do IPCA neste ano foi de 7,27% para 7,58%, enquanto há 4 semanas estavam em 6,88%. Já o PIB no fim do ano teve avanço projetado de 5,22% para 5,15%, enquanto há quatro semanas estava em 5,3%. A taxa Selic foi projetada de 7,50% para 7,63% no fim deste ano, contra 7,25% há quatro semanas. Quanto ao dólar, as apostas subiram de R$ 5,15 para R$ 5,17. Há quatro semanas, a estimativa estava em R$ 5,10. Para 2022, as estimativas se mantiveram em R$ 5,20 pela 12ª semana consecutiva, mas com aumento da projeção para 2023 e 2024, para R$ 5,07 e R$ 5,05, respectivamente.

Hoje sai PIB da zona do euro e PIB do Japão, quando mercado já estiver fechado. Amanhã, IGP-DI e fluxo cambial semanal. O indicador IPCA de agosto, que só sai na quinta-feira, deve trazer a escalada persistente da inflação, ainda que o recente tarifaço da energia não esteja neste índice, pois começou a valer só em setembro. Os choques nas contas de luz afastam cada vez mais a inflação da meta. Amanhã, nos Estados Unidos, saem os dados de ofertas de empregos e também discurso de Williams, membro do Fomc.

Enquanto isso, do outro lado do mundo, na China a suspensão de importação da carne bovina brasileira devido à doença da vaca louca pode levar a um choque de um a dois meses no qual a ampliação da oferta no mercado interno pode fazer o preço cair para o consumidor. Esse embargo deve durar entre 10 e 20 dias. A repercussão ainda depende do período de bloqueio aos embarques.

Nesta semana financeira mais curta devido ao feriado de ontem nos EUA e de hoje aqui, o mercado se mantém na defensiva. E amanhã sai o livro Bege nos EUA. Tudo indica que o Federal Reserve (Fed) vai planejar com muita cautela a retirada gradual de estímulos da economia americana. Na Europa, o comitê da presidente Christine Lagarde não deve agir num curto prazo. Vamos acompanhar esse assunto do BCE, que forneceu suporte monetário recorde para a zona do euro desde o início da pandemia. Mas o crescimento econômico no bloco está agora sólido, o desemprego está caindo e a inflação está em alta, abrindo espaço para um debate que vai mapear a trajetória do banco nos próximos anos.

No câmbio, estamos de um lado com o Fed atrasado para o tapering favorecendo o fluxo de emergentes e o ciclo de alta de juro do Copom que também alivia para o dólar. Na outra mão, a turbulência política e a instabilidade nas contas públicas apostam contra o real.

Se as manifestações forem pacíficas será muito bom para o povo brasileiro, se não forem o ambiente de instabilidade ficará ainda mais tenso e aos olhos de estrangeiros o risco país se agrava. Em cenários de tensão e instabilidade o dólar costuma ser o porto seguro para os investidores.

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