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Líder do PT no Senado Aprova Equipe Econômica, Mas Foi Além do Razoável

Publicado 26.11.2014, 07:13
Atualizado 14.05.2017, 07:45

Da tribuna no Senado o líder do PT, Humberto Costa, elogiou em ato formal os nomes comentados para compor a nova equipe econômica, procurado destacar não existir resistência e mal estar em relação à indicação de Joaquim Levy para a Fazenda.

Contudo, foi além desta atitude “com certo ar de enquadramento inoportuno já que se referia a autoridade maior” enfatizando que a condutora da política econômica é a Presidenta Dilma, afirmando que ela jamais abrirá mão de ser ela, em ultima instância, a condutora da política do governo e que qualquer que seja a história dos ministros que venham a ser indicados, sem dúvida nenhuma ela tem o compromisso acima de tudo com as propostas que apresentou nessa campanha e com o projeto que teve início com o presidente Lula em 2002.

Ficou então um sentimento de aprovação da equipe econômica comentada condicionada à liderança da Presidenta Dilma que deve manter fidelidade às propostas que apresentou na campanha e com o projeto iniciado no governo Lula. Enquadramento?


Contudo, bem observado este é um posicionamento desapontador, visto que se o novo governo Dilma repetir o que já foi feito terá mais do mesmo e o país não conseguirá sair da situação desalentadora em que se encontra, havendo absoluta necessidade de ser diferente para readquirir credibilidade e atratividade frente aos investidores/empreendedores.

O país precisa de imediato sinalizar mudança dantesca na condução da política fiscal, procurando afastar o risco de perda do grau de investimento, e alterar a lógica da política cambial também de imediato para estimular a retomada da atividade econômica a partir do setor industrial com a prática do preço da moeda americana mais realista, e não se prestando a ser um instrumento a mais contingenciador das pressões inflacionárias, como ocorre desde 2005.

Em suma, cortar bruscamente os gastos de custeio do governo de forma efetiva e não cosmética e com o dólar em patamares verdadeiros dar competitividade à indústria no mercado externo e no interno, na medida em que encarece o produto importado concorrente e que foi determinante para ocorrência da desindustrialização do país.

Naturalmente, há enorme abundância de ajustes a serem feitos no curto/médio/longo prazos para que o país consiga readquirir condições de crescer de forma sustentável e isto poderá consumir no mínimo uns 2 anos do mandato do governo, mas há necessidade de mudanças de conduta no curtíssimo prazo para quebrar o sentimento negativo predominante.

Há muito que ser mudado de forma rigorosa, mesmo que o governo mantenha como deverá manter o seu foco no social e na transferência de renda, para que ocorra a reversão do “status quo” predominante e desanimador presente, sem o que até os programas sociais ficarão ameaçados pela carência de recursos, já que a arrecadação neste ano de 2014 está fechando com crescimento zero a exemplo da tendência do PIB.

Então, não há como ser um governo igual e fiel a princípios que acabaram por se esgotar ao longo dos anos, sendo absolutamente necessário ser diferente porque não há como continuar tendo política fiscal expansionista, que registrou inúmeros equívocos no período governamental que está se encerrando, já que a grande maioria dos segmentos da economia que recebeu benesses do governo não teve o desempenho objetivado, num ambiente em que o país não registra crescimento.

Pode se ter o entendimento, também, da fala do líder do PT no Senado de um sinal discreto, mas efetivo, de coação à futura equipe econômica, ao sinalizar que deseja manter a fidelidade aos programas do partido nos programas que estabelecerem para o próximo mandato da Presidente Dilma, incumbindo-a de fazer as correções na condição de condutora efetiva da política econômica.


Este é um aspecto relevante que vem sendo questionado por todos os setores da economia brasileira, qual seja até onde os novos comandantes da política econômica terão liberdade para estabelecer e praticar diretrizes novas compatíveis com as imprescindíveis e necessárias à recuperação da economia do país.


Se lermos com rigor a sinalização realizada pelo líder do PT no Senado, o espaço tenderá a ser mínimo, mas espera-se que a Presidente Dilma tenha foco diferente.

Continuamos acreditando que a manutenção do preço do dólar no entorno de R$ 2,60 com sinalização de sustentabilidade será um fator importante para o inicio do novo período de governo, com a contenção inflacionária advindo de rigor fiscal que atenuará a necessidade contumaz de elevação da SELIC.


Se o governo não der mostras de disposição de mudar radicalmente o comportamento em setores relevantes, possivelmente se acentuará a saída de recursos do país, pois há uma expectativa generalizada de que o novo governo da Presidenta Dilma será bastante diferente.

Precisa preparar projetos de investimentos em infraestrutura que atraiam de imediato investidores com recursos não especulativos, sem objeções ideológicas e/ou excessivamente burocráticas, e que permitam que suportem a necessidade brasileira de financiamento do déficit em transações correntes nos anos seguintes e que deve fechar este ano em torno de US$ 85,0 Bi, 3º maior do mundo e equivalente a 3,75% do PIB. É só observarmos o que ocorre no mundo com investidores buscando oportunidades. A China acaba de anunciar investimentos de mais de US$ 40,0 Bi na infraestrutura do Paquistão.

Há absoluta necessidade de que a Presidenta comece a falar à nação, pois o silencio provoca desconforto e maior indefinição sobre as expectativas, que acabam se tornando negativas.

É um equivoco imaginar que o novo governo se inicia em janeiro, como a Presidenta foi reeleita começou no dia seguinte ao resultado.

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