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Mundo Cai na Real com Decisões de BCs

Publicado 22.07.2016, 14:33

Caindo na real

Depois de Inglaterra (que não cortou juros) e UE (que não cortou juros e não estendeu a recompra de ativos), agora foi a vez de o Japão desapontar os afobadinhos que se lançaram aos mercados nas semanas que se seguiram ao Brexit.

Investidores parecem hoje perceber quão ridícula era a ideia, de dias atrás, de que o mundo ia bombar na esteira do Abenomics 2.0 - justo ele, que é exemplo de economia anêmica em nove de cada dez livros-texto de Introdução à Economia.

A isso se soma dado ruim de serviços no Reino Unido, lido como queda de confiança. Os arautos do apocalipse sorriem feito hienas.

Sinceramente? Por enquanto, dou de ombros: com todo o estardalhaço feito por conta do Brexit, não se poderia esperar outra coisa senão uma piora em expectativas. A questão é se tais expectativas se concretizarão ou se o bicho é muito menos feio do que foi pintado. Aguardemos.

Avisamos aqui, dias atrás, que a euforia era excessiva e injustificada. Após mudar o cabelo, fazer uma tatuagem e colocar todas as fichas no Tinder, Maria parece ter caído na real.

Pensando como gestor global

Dei de cara, hoje, com um interessante artigo da Bloomberg sobre a apatia dos traders de câmbio com relação ao euro, a despeito das declarações de Draghi sobre sua prontidão para agir sobre a moeda caso as circunstâncias assim exijam. O gráfico mostra a variação de diversas moedas contra o dólar.

Aparentemente ninguém está levando Draghi muito a sério até aqui. Mas em câmbio tudo muda rápido - que o digam o real, o iene e o rand. Não por acaso, câmbio e expectativas foram os temas que o Paulo Tenani escolheu para debutar no Palavra do Estrategista que foi ao ar nesta semana. Ensinamentos importantes para quem quer pensar como gestor global: mitigar riscos locais e maximizar retornos absolutos.

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Há algo de podre no Reino da Dinamarca

Literalmente. Um grande banco dinamarquês emitiu um alerta sobre o mercado imobiliário local: refletindo um longo período de taxas de juros negativas - parte do esforço do país visando manter a paridade entre o euro e a coroa dinamarquesa -, o mercado de hipotecas pode estar saindo dos trilhos.

Os preços dos imóveis já estão acima do topo histórico de 2006. Cidadãos dinamarqueses têm conseguido obter financiamentos de curto prazo, lastreados em imóveis, com taxas de juro negativas. Para prazos mais longos - trinta anos, digamos -, o custo das hipotecas é menor do que o da dívida soberana dos EUA.

Alguma dúvida de que isso não pode funcionar? Cada caso é um caso - me apresso a ressaltar -, mas não deixa de ser um alerta a respeito dos desequilíbrios que outros países europeus podem enfrentar nos próximos anos se as políticas monetárias permanecerem como estão.

Me recordo, lá nos anos de faculdade, de discussões a respeito da viabilidade da eurozona: união monetária, desunião fiscal. Se, à época, já parecia uma proposta exótica, o que dirá agora. Podemos estar gestando um problema muito maior do que os de hoje.

Teus ombros suportam o mundo

E ele pesa mais do que a pata de um elefante de chumbo. O premiê chinês, Li Keqiang, declarou que seu país ainda está em desenvolvimento e não pode arcar com o peso de ser o motor do mundo. Isto posto, conclamou os demais países a adotarem políticas fiscais “proativas”, tal qual está fazendo.

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Em outras palavras, a China arregou. Diante de ideias de investimento baseadas em uma nova aceleração do crescimento na China, provavelmente seja uma boa ideia ficar de olho na sua carteira.

O lado bom é que sobra dinheiro no mundo (inclusive chinês) para investimento de longo prazo, em busca de boas histórias. A busca pela próxima China me parece fadada ao fracasso (não acredito, por exemplo, nas especulações sobre Índia nesse sentido), mas certamente há oportunidades muito mais modestas dispersas por aí. Exemplo? Países em desenvolvimento com grande potencial de crescimento, imensas carências em infraestrutura e governos relativamente responsáveis.

Com exceção do que tange governos responsáveis (cedo para falar...), pergunto: soa familiar?

Desinflando expectativas

No front local, principais destaques são ajustes de discurso por parte do governo Temer em iniciativas da área econômica.

O programa de concessões deve ser mais modesto, no curto prazo. Em oposição à sinalização inicial, segundo a qual seriam licitados a curto prazo não somente quatro aeroportos, mas também 15 rodovias, ferrovias e terminais portuários, governo agora acena que focará, por ora, somente nos aeroportos e na renovação antecipada de duas concessões rodoviárias.

Não achamos ruim. Pelo contrário, a possibilidade de o governo ter errado a mão ao prometer fazer 50 anos em 5 meses havia me incomodado. Quem vende com pressa, via de regra vende mal.

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