A incerteza nos mercados financeiros mundiais alimentados pela desaceleração econômica da China é vista como uma perspetiva negativa para setor das matérias-primas e especialmente para os preços do petróleo, uma vez que é provável que se mantenha o excesso de oferta, mesmo se a produção dos EUA e outros campos de extração mais caros continuarem a fechar.
No entanto, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) vê uma recuperação dos preços do petróleo derivada a acentuados cortes a nível mundial nos projetos de investimento em petróleo e gás e um possível fim da batalha para manter a cota de mercado nos EUA.
Enquanto isso, os mercados continuam cautelosos com o relatório da EIA sobre os estoques de petróleo que saem hoje, após terem atingido na semana passada os 3,955 milhões de barris. Hoje, temos os últimos dados da Energy Information Administration (EIA) dos EUA. O relatório deverá apresentar uma quebra nos estoques do petróleo com estimativas de 2,500 milhões de barris.
Desde o início de outubro a matéria-prima subiu mais de 8.0% e encontra-se numa fase de recuperação desde o fim do mês de setembro. No decurso da sessão de ontem o petróleo subiu com uma elevada amplitude e fechou bem no verde no máximo dia. A matéria-prima quebrou em alta o triângulo simétrico, sinal de formação de uma potencial tendência de alta. O estocástico mostra um forte impulso de alta e cruzou para cima a linha média dos 50.
Podemos esperar um impulso ascendente até a média móvel dos 200 dias nos 51,08 numa quebra acima do máximo do dia anterior nos 49,04 (cenário 1) ou um ressalto num nível chave nos 48,09 poderá empurrar a matéria-prima até a média móvel dos 200 dias nos 51,08 (cenário 2).
Nota: LCrude é um CFD sobre o Futuro do Light (SA:LIGT3) Crude.
