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Previsões 2016: Renda Fixa e Ações para Longo Prazo

Publicado 28.12.2015, 12:56

Apesar de ser difícil apontar qual foi a notícia mais importante do mercado em 2015, a forte e rápida desvalorização do real frente ao dólar sem dúvidas está entre os principais concorrentes. A derrocada das commodities, arrastando as ações da Petrobras (SA:PETR4) e da Vale, também mexeu com os ânimos dos investidores. Os dados econômicos merecem destaque com inflação próxima aos 11%, recessão de quase 4% e uma sequência sem fim de notícias ruins em todos os setores.

Esse foi um ano em que as páginas políticas e policiais dos jornais influenciaram até mais os mercados do que os péssimos dados econômicos. O país fecha o ano sem saber quem governará o país em 2016 e quais os destinos dos ocupantes dos três cargos da sucessão presidencial: Michel Temer, vice-presidente da República, aguarda julgamento do TSE e pode ser incluído no julgamento das pedaladas; Eduardo Cunha, presidente da Câmara, enrolado nas investigações da Lava Jato e com pedido de afastamento nas mãos do STF; e Renan Calheiros, presidente do Senado, também implicado na maior investigação de corrupção do país.

No cenário internacional, a novela da elevação dos juros nos Estados Unidos, que se prolongou durante todo o ano, sendo encerrada em dezembro com a decisão de aumentar de 0,25% para 0,5%, marcou o ano e fechou uma importante fase da recuperação da maior economia do mundo pós-crise. Por outro lado, a China, segunda potência do planeta, dá sinais cada vez mais flagrantes de esgotamento do seu modelo de crescimento. O país deverá crescer abaixo dos 7% e dados econômicos mais fracos em diversos setores trazem dúvidas aos investidores. A Europa, vencida nova batalha contra a Grécia no início do ano, continua a andar de lado sem demonstrar força para sair definitivamente da crise.

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No encerramento do ano, pedimos aos nossos analistas mais populares para que dividam com os leitores suas expectativas para o mercado e estratégia para 2016.

André Luís Momberger: Ano de 2016 antecipa-se como desafiador

Permanecemos com uma economia cambaleante, com níveis de inflação muito acima da meta, previsão de mais um ano com crescimento negativo e por consequência da baixa atividade econômica, o aumento dos níveis de desemprego.

No cenário político as coisas não estão nada amenas. A batalha particular entre Dilma e Cunha ainda reserva uma total imprevisibilidade. O “nível da agua” da operação Lava jato começa a bater na casa dos políticos e os nervos em Brasília estão a “Flor da Pele”

Complementando este cenário, com o resultado do déficit fiscal de 2015 e a já previsão de déficit para 2016, deixam o downgrade do Brasil mais próximos. Por consequência poderemos enfrentar uma saída de capitais de alguns ativos no Brasil e um aumento nas taxas de financiamentos internacionais.

E como navegamos neste ambiente de investimentos com um contexto tão negativo?

Não tenho dúvidas que a renda fixa vai continuar oferecendo um ano ímpar de oportunidades com taxas altíssimas e riscos relativamente baixos. Concentraria ainda posição preferencial em IPCA + taxas, mas recomendo já selecionar algumas boas oportunidades de pré-fixado.

As ofertas de debentures de infraestrutura, com isenção tributária são ótimas alternativas, principalmente de empresas com bom rating. Procure observar o prazo de vencimento e das amortizações, preferencialmente casando com os períodos de concessão.

Os fundos multimercado macro e de estratégias quantitativas também podem oferecer rendimentos acima do referencial do CDI.

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Caso tenhamos uma sinalização de encerramento do ciclo de alta de juros, comece a prestar a atenção nos Fundos Imobiliários, pois devem retomar o caminho das altas. Existem bons fundos com defasagens patrimoniais acima de 30%.

Outra bela alternativa de investimentos para 2016 serão os Fundos Offshore. A nova resolução da CVM (555) permitiu mais liberdade aos gestores na alocação internacional. Temos fundos com uma diversificação de ativos interessantíssimas.

No primeiro semestre ainda ficaria menos exposto a bolsa, pois o cenário ainda é muito nebuloso. Deve começar a aparecer algumas oportunidades a partir do segundo trimestre ou do terceiro. Mas seletividade é o nome do jogo. Aqui recomendo exposição a fundos com gestão ativa.

Ficaria longe também de investimentos High Yield. O nível de risco destas estratégias permanecera alto e mais desafiador do que nunca.

Paulo Ramirez: Renda fixa e reinvestimento de lucros em ações como investimento de longo prazo

Primeiramente gostaria de falar sobre qual investimento devemos nos afastar, a Poupança. Temos investimentos com risco baixo (Tesouro Direto, LCI, LCA) que apresentam maior rentabilidade que o popular investimento.

Para o ano de 2016 vislumbro um cenário sombrio, agravado pela crise política e econômica do país. É cabal como os movimentos pró-impeachment deflagram alta na bolsa de valores e baixa na taxa de câmbio, vide o pregão de 9 de dezembro, logo após o início dos trabalhos para o impeachment. Mas sabemos que são fatos isolados e como disse anteriormente a perspectiva é alarmante.

Os investimentos atrelados à inflação tendem a ter boa rentabilidade no próximo ano.

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Quanto ao mercado de renda variável a maioria das ações tende a preços achatados, uma vez que as linhas de crédito serão menores, juros maiores, aumento do desemprego e inadimplência gerando menor consumo.

Para especulação, a tendência de baixa pode gerar bons ganhos na ponta vendedora (short position). O reinvestimento dos lucros em ações (que devem estar baratas) pode ser um excelente investimento a longo prazo.

Estamos também em um ciclo de baixa das commodities, situação agravada ainda mais pela alta do dólar, agora no final do ano já observamos mínimas históricas no minério de ferro, o desaquecimento da economia chinesa também dever ser um fator preponderante durante o próximo ano.

A questão cambial no Brasil é uma incerteza, no âmbito internacional a China também terá papel preponderante, uma vez que é detentora de grandes reservas de dólares e poderá ainda promover uma reforma monetária.

João Rossi: Itaú (SA:ITSA4), Ambev e renda fixa atrelada à inflação têm potencial positivo

O ano que se encerra deixa muitas perdas, maus resultados para a economia, incertezas e celeumas na política. Olhando para um cenário ofuscado manterei o meu foco em companhias que apresentam resultados sólidos e consistentes tentarei fazer uma análise de empresas com potencial de valorização para 2016 devido aos seus resultados operacionais que podem ser encontrados aqui na Investing.com Brasil.

Para o ano que se inicia colocarei os meus olhos em Itaú (SA:ITUB3), pois o banco ostenta lucro líquido crescente e constante em um horizonte de cinco anos, além dos lucros temos dividendos constantes e um Dividend Yield próximo de 5% (valor aproximado), o Retorno Sobre o Patrimônio está na casa dos 26,6% bem acima da inflação e o seu Patrimônio Líquido, dado pela diferença do ativo pelo passivo, encontra-se crescente. Além de Itaú, vou monitorar Ambev (SA:ABEV3) que expõe as mesmas características, porém o seu Retorno Sobre o Patrimônio está nos 28,2% e o Yield na casa dos 2,8%. Na seara da renda fixa, caso o IGP-M e o IPCA continuem subindo, o investidor que não gosta de se expor ao risco poderá tirar vantagens desses movimentos. Títulos como a NTN-B (IPCA) e NTN-C (IGP-M) podem acompanhar de perto a oscilação dos índices citados.

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No lado negativo eu evitaria as seguintes empresas: uma do setor de logística que demonstra resultados operacionais bem corroídos. Essa é Log-in (SA:LOGN3) que não tem lucros consistentes, logo amarga prejuízos, a empresa não distribui proventos com frequência, o seu patrimônio líquido foi reduzido com o tempo e o Retorno Sobre o Patrimônio repousa abaixo de zero, além de Log-in me afasto de Gol (SA:GOLL4) que há muito sofre perdas, tem um Retorno Sobre o Patrimônio negativo e não distribui seus proventos com frequência. Também temos Oi (SA:OIBR4) que mantém citadas características, fico de fora pelo menos por enquanto de BTG Pactual (SA:BBTG11) porque está passando por uma crise de confiança originada pela prisão de André Esteves.

Para as estatais, principalmente Petrobras (SA:PETR4), mantenho cautela porque essas são sensíveis aos fatos e o cenário atual é cinza, escuro e totalmente incerto, logo posições nas mesmas podem ser arriscadas e, por fim, evito operações com as Penny Stocks, ações cotadas abaixo de R$ 1,00 (geralmente chegam a esse ponto porque seus resultados não são dos melhores, logo você adquire um negócio com prejuízo), alguns exemplos são OGX (SA:OGXP3), Sweet Cosmetics (SA:SWET3), Viver (SA:VIVR3) e Rossi (SA:RSID3), pois essas podem trazer prejuízos enormes com a queda de R$ 0,01 no preço.

Além de olhar os indicadores exposto acima recomendo ao leitor que esse consulte o endividamento da empresa e também a moeda na qual o mesmo é considerável, haja vista, a desvalorização do real frente a moedas como o dólar.

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Caso igual ao da Oi
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