Investing.com – O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 0,38% em abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 10. O resultado veio levemente acima do esperado, pois a projeção consensual indicava uma variação positiva de 0,35%. Dessa forma, o indicador de inflação oficial em doze meses cai de 3,93% para 3,69%.
“Podemos concluir que o índice de hoje não foi muito favorável para aqueles que apostavam na desaceleração da inflação, fortalecendo projeções que indicam a necessidade de uma política monetária mais austera”, avalia Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.
Em março, a inflação subiu 0,16% na base mensal. O indicador prévio, o IPCA-15, havia registrado alta de 0,21% em abril, impulsionado pelo grupo de alimentação e bebidas, conforme informado anteriormente pelo instituto.
Segundo o instituto, considerando os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete registraram acréscimo no mês passado, com maior impacto em saúde e cuidados pessoais, com alta de 1,16%, além de alimentação e bebidas, com ganho de 0,70%, e um impacto de 0,15 ponto percentual cada. Entre as baixas, estiveram artigos de residência, que registraram queda de 0,26%, e habitação, praticamente estável, em recuo de 0,01%.
O grupo saúde e cuidados pessoais foi afetado pela inflação em produtos farmacêuticos, que subiram 2,84%, diante do reajuste autorizado pelo governo de até 4,5% nos preços. Enquanto isso, o grupo alimentação e bebidas contou com alta de 0,81% na alimentação dentro do domicílio, com altas robustas no preço do mamão, que disparou 22,76%, cebola, com alta de 15,63%, e tomate, com 14,09%. Na alimentação fora do domicílio, a variação foi positiva em 0,39%.
“Nos bens industrializados, o grupo de vestuário veio mais elevado na margem. Nos serviços tivemos pressão menor nos serviços pessoais. Nos preços administrados, surpresa para cima nos combustíveis”, detalha Leonardo Costa, economista do ASA Investmentes.
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