Investing.com – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,21% em abril, abaixo da expectativa consensual de 0,29%. Em março, o indicador teve expansão de 0,36%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta, 26. A variação do indicador em doze meses atingiu 3,77%, contra 4,14% verificados anteriormente.
Os números mensais foram influenciados por alimentação e bebidas, que subiram 0,61%, com impacto de 0,13 ponto percentual no índice. Além disso, o grupo saúde subiu 0,78% e teve um impacto de 0,10 ponto percentual. Por outro lado, entre nove grupos pesquisados, transportes foi o único com queda, em um recuo de 0,49%.
“As métricas subjacentes vieram relativamente bem, pois os serviços subjacentes desaceleraram na ponta (média anualizada de três meses), embora ainda rode em nível bem acima da meta. O mesmo ocorreu com a média dos núcleos de inflação”, aponta Maykon Douglas, economista da Highpar.
A leitura foi melhor do que esperado na análise qualitativa, na opinião de Igor Cadilhac, economista do Picpay. “A melhora quase que disseminada nos núcleos foi animadora e reforça o cenário desinflacionário no curto prazo”. No entanto, ao considerar o cenário para o ciclo de cortes na taxa de juros básica da economia brasileira, a Selic, panorama saudável considerado saudável contrabalança o cenário externo mais incerto, em sua visão.
“Contudo, dada a provável piora nas projeções de inflação para 2025 no modelo do Banco Central seguindo a elevação do dólar e do IPCA no Boletim Focus, não deve dirimir as expectativas de redução de 25 pontos-base na Selic já no próximo Copom”, espera Cadilhac.
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