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Banco Central reduz taxa Selic para 14% ao ano

Publicado 19.10.2016, 18:15
© Reuters.  Banco Central reduz taxa Selic para 14% ao ano

Investing.com - O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu nesta quarta-feira reduzir a taxa Selic em 0,25 pontos percentuais, que passa a ser de 14%. O resultado da reunião de dois dias do comitê veio em linha com as expectativas do mercado que apontavam majoritariamente para o corte de 0,25 p.p, com uma parcela acreditando em um uma ação mais agressiva com redução em 0,5 p.p.

O corte de Selic marca o início do ciclo de baixa que será comandado pela diretoria comandada por Ilan Goldfajn. A expectativa do mercado, compilada no relatório Focus, publicado toda segunda-feira pelo BC, aponta para novo corte de 0,25 p.p. na reunião de novembro, encerrando o ano a 13,75%. No fim de 2017, as projeções apontam para uma taxa de juros de 11%, ou 3,25 p.p. a menos do praticado até a reunião de hoje.

De acordo com o comunicado publicado pelo Banco Central, a decisão foi unânime com diretores acreditando em um cenário interno e externo mais benigno para a inflação que deverá convergir para a meta em 2017 mesmo com juros menores.

O BC apontou como riscos para o cenário de desinflação as incertezas em relação ao ajuste fiscal, o período longo de inflação elevada e pausa no processo de desinflação em componentes do IPCA sensíveis às taxas de juros. O cenário, contudo, melhorou com a inflação mais favorável no curto prazo e os primeiros passos de que o ajuste fiscal poderá ser aprovado.

Confiança nos políticos

Na ata da última reunião, realizada nos dois últimos dias de agosto, o Copom indicou que uma redução nas taxas só poderia ocorrer com a melhoria de três fatores locais: a redução da inflação dos alimentos, queda do IPCA e redução na incerteza em relação ao ajuste fiscal.

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Desde então os dois primeiros fatores mostraram sinais claros de melhoria: o IPCA cedeu para 0,08%, o menor nível desde 1998, com deflação de 0,3% no setor de alimentos. No cenário de longo prazo, a revisão trimestral do relatório de inflação do BC mostrou que o banco já trabalha com a previsão de IPCA abaixo da meta de 4,5% em 2017, mantidos os parâmetros atuais. O índice também vai ser impactado pela decisão da Petrobras (SA:PETR4) de reduzir os preços dos combustíveis, em movimento que não poderia ser antecipado pelo Copom.

Restou então apenas a melhoria em relação ao cenário do ajuste fiscal. O governo conseguiu aprovar com larga margem em primeiro turno a votação da PEC 241 que limita os gastos do governo por 10 anos, renováveis por igual período. A tramitação da PEC contudo ainda é longa: precisará passar por nova votação na Câmara e por duas votações no plenário do Senado e a dificuldade do governo em aprovar as mudanças no projeto de repatriação e a falta de quórum em sessões consideradas importantes pelo Planalto mostra que a base do governo não está totalmente comprometida.

Com a decisão de hoje, o BC deu um voto de confiança aos políticos de que o ajuste seguirá como o planejado.

Após a batalha pela PEC, o governo deverá iniciar uma nova ofensiva, esta ainda mais dura, para aprovar a reforma da Previdência, mais importante para o ajuste das contas públicas.

Primeira redução desde 2012

A última redução na taxa foi feita pela diretoria liderada por Alexandre Tombini em outubro de 2012, quando a Selic chegou a 7,25%, o menor patamar histórico desde a implantação do Plano Real.

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À época pairavam dúvidas sobre a independência do Banco Central em tomar suas decisões sobre taxa de juros. Diversas vezes, ministros do governo e a própria presidente Dilma Rousseff pressionaram publicamente pela redução de taxas, apesar da inflação não convergir para a meta de 4,5% e com represamento de reajustes de preços controlados como gasolina, diesel e energia elétrica.

O BC conseguiu manter por apenas quatro reuniões a taxa de juros a 7,25% tendo que dar início ao primeiro ciclo de alta encerrado em abril de 2014 a 11%. Com a proximidade do conturbado período eleitoral de 2014, o Copom foi criticado por não seguir com o ajuste e adiar novas altas por quatro reuniões, até dar início ao segundo ciclo, em outubro, apenas três dias após a reeleição de Dilma Rousseff. Nesta nova fase, a Selic alcançou os 14,25% em julho de 2015, patamar que permaneceu até a decisão de hoje.

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