Investing.com - O Ibovespa virou para queda de mais de 1% nesta quinta-feira (5/5) após ter aberto o pregão em alta com a valorização das commodities no exterior. O índice que chegou à máxima de 53.070 pontos (+1%) perdeu mais de mil pontos e opera abaixo dos 52 mil pontos no início da tarde.
A reversão da alta do Ibovespa ocorre por pressão dos bancos – que representam mais de um quarto do índice – que ampliaram as baixas durante o dia. O IFNC cai 1,4% com Banco do Brasil (SA:BBAS3) recuando 2,5%, seguido por Bradesco (SA:BBDC4) (-2,4%), Itaú Unibanco (SA:ITUB4) (-1,7%) e Itaúsa (SA:ITSA4) (-0,4%). Dos 15 papéis do IFNC, apenas o Banco ABC (SA:ABCB4) opera no positivo após divulgar lucro de R$ 95,5 milhões no primeiro trimestre, 19% acima de igual período de 2015.
A Vale (SA:VALE5) recua 2% e se descola da tendência do minério de ferro, que registrou leve alta em Qingdao fechando acima dos US$ 60/t. O noticiário da empresa pesa com a ação do MPF pedindo reparações de R$ 155 bilhões pelo acidente da Samarco. É o quarto pregão consecutivo de baixa, acumulando perdas de 14%. A Bradespar (SA:BRAP4) cede 2,2%.
A ações siderúrgicas também operam em baixa com Gerdau (SA:GGBR4) recuando 2,6%, seguida por Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) (-1,8%), Usiminas (SA:USIM5) (-1,2%) e CSN (SA:CSNA3) (-0,8%).
As ações educacionais estão entre as maiores baixas do dia, devolvendo o lucro dos últimos pregões após a prorrogação da renovação do Fies. Estácio cai 5% e Kroton recua 4%.
A Smiles (SA:SMLE3) virou para forte baixa de 3% acompanhando o resultado da Gol (SA:GOLL4), que enfrenta dificuldades de negociação com credores. Os investidores aproveitam para realizar lucro nas duas ações que avançaram 4,7% e 28,4%. Hoje a Gol, fora do Ibovespa, recua 13%.
A Petrobras (SA:PETR4) é uma das poucas ações a operar no positivo nesta quinta-feira, acompanhando o movimento de valorização do petróleo. A commodity avança 2% com a redução na produção canadense provocada pelo incêndio florestal e Alberta. O papel preferencial sobe 0,8% para R$ 10,00, mas perdeu força ao longo do pregão, após ter batido na máxima de R$ 10,30.
Dólar
A moeda norte-americana opera em baixa de 0,5% e é negociada a R$ 3,53 em mais um dia sem a atuação do Banco Central.