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G8 chega a acordo sobre transparência para estabilização da economia

Publicado 13.06.2009, 14:05
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Miguel Cabanillas.

Roma, 13 jun (EFE)- As sete maiores potências mundiais, mais a Rússia, o chamado Grupo dos Oito (G8), já veem sinais de estabilização em suas economias, embora tenham advertido que ainda enfrentam riscos "significativos" e que, por isso, entraram em acordo hoje sobre a criação de critérios mínimos de transparência e integridade econômicas.

Estes critérios estão reunidos no "Marco de Princípios de Lecce" ("Lecce Framework"), a principal conquista da cúpula do G8 que, da noite de ontem até hoje, foi realizada na cidade de Lecce, no sul da Itália, país que ocupa o cargo de presidente rotativo do G8.

"Estamos no meio da pior crise desde a Grande Depressão. A amplitude e intensidade desta longa recessão revelaram a importância do fortalecimento de nosso compromisso com padrões de correção, integridade e transparência", afirma a declaração, em suas primeiras linhas.

O marco diz ainda que os "excessivos riscos corridos e a violação destes princípios básicos" contribuíram com a atual recessão econômica global e que, por isso, os países fizeram o acordo para que a situação atual não se repita no futuro.

O G8 dividiu em cinco categorias essa "ampla variedade" de instrumentos para manter esses princípios mínimos: gestão coletiva, integridade dos mercados, regulação e supervisão financeira, cooperação sobre impostos e transparência nos dados e políticas macroeconômicas.

Estas categorias de instrumentos, entre as quais está um maior controle sobre a troca de informação além das fronteiras, foram criadas pelo trabalho desenvolvido por instituições como a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Banco Mundial (BM) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Os ministros de Economias e Finanças das grandes potências pediram à assessoria do FMI para estabelecer medidas que possibilitem a saída do período extraordinário de controle estatal gerado pela crise, as chamadas "exit strategies" (estratégias de saída).

O ministro da Economia da Itália, Giulio Tremonti, já vê sinais de retorno de certos comportamentos econômicos anteriores à crise econômica atual, como a especulação de matérias-primas e derivados nos mercados mundiais.

"A especulação está voltando e isto é um sinal de que a crise de liquidez pode ter terminado. É o sinal de que a situação em que estávamos em junho do ano passado está voltando", afirmou Tremonti, durante uma entrevista coletiva no final da cúpula.

"Ainda levará tempo, mas se antes éramos otimistas na esperança, agora somos otimistas nos conteúdos", acrescentou o político, anfitrião da cúpula, que antecede a reunião de chefes de Estado e de Governo do G8, em julho.

Diante do otimismo do ministro italiano, o secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, se mostrou mais cauteloso e advertiu que, por enquanto, não se pode falar de recuperação.

"Não acho que tenhamos chegado a um ponto no qual possamos falar de uma recuperação de fato. É cedo demais para mudar de rumo e conter as políticas", disse Geither, na entrevista coletiva.

Segundo fontes das delegações presentes na cúpula, duas frentes foram estabelecidas durante a reunião: a de países como a Alemanha, que já pretendem retirar as medidas excepcionais anticrise, e a de outros, como os Estados Unidos, que defendem sua manutenção.

Seja como for, o G8 (EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Canadá, Japão, Itália e Rússia) vê sinais de estabilização, embora tenham advertido que a situação continua "incerta", sobretudo em temas como emprego, um dos assuntos que mais preocupam as maiores economias mundiais.

"Nossos países continuarão implementando ações para reduzir o impacto da crise no emprego e para maximizar o potencial de crescimento dos postos de trabalho no período de recuperação econômica", diz a declaração da cúpula.

Além disso, os países membros do G8 confirmaram seu compromisso para cobrir a necessidade de liquidez e de capital dos bancos, enquanto for necessário. EFE

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