Investing.com – O ciclo de redução nas taxas de juros traz condições mais favoráveis para produtos na B3 (BVMF:B3SA3), mas como os cortes na Selic iniciaram somente no final do ano passado, a expectativa de analistas para os dados dos três últimos meses de 2023 não são tão animadoras, ainda que seja esperada uma tendência de melhora ao longo de 2024. A B3 divulga seu balanço referente ao quarto trimestre de 2023 nesta quinta-feira, 22 de fevereiro.
A plataforma InvestingPRO, que contempla projeções de diversos modelos e analistas, estima um lucro por ação de R$0,19 para a operadora da bolsa de valores brasileira, com uma receita de R$2,247 bilhões.
Fonte: InvestingPRO
Em relatório, o banco Santander (BVMF:SANB11) afirmou que espera um balanço pressionado por despesas operacionais. A projeção é de um lucro líquido recorrente de R$1,041 bilhão, o que representa uma diminuição anual e trimestral de 10%, além de um Ebitda de R$1,416 bilhão, com margem de 64%. A projeção de lucro dos analistas está 9% abaixo do consenso.
“Nossas estimativas para o 4T23 são com base nos relatórios mensais de desempenho da B3 que incluem volumes e preços médios de algumas de suas linhas de negócios, em que o volume médio de transações diárias negociadas (ADTV) totalizou R$ 24,3 bilhões. Apesar dos volumes fracos, acreditamos que o principal destaque do trimestre serão as despesas ajustadas, pois esperamos que convirjam no ponto médio do guidance para 2023”, apontam os analistas Henrique Navarro, Arnon Shirazi e Anahy Rios.
Para o trimestre, o Santander espera diminuição anual de 25% no ADTV. A expectativa é de que o volume médio aumente gradativamente ao longo do ano, com a continuidade do ciclo de cortes na taxa de juros básica da economia brasileira, a Selic. A recomendação do Santander é neutra, com preço-alvo de R$17.
O Bank of America (NYSE:BAC) espera um trimestre negativo para a B3, com lucro líquido de R$1,092 bilhão, uma baixa trimestral de 6% e anual de 5%, assim como queda na margem Ebitda. O Retorno sobre Patrimônio (ROE, na sigla em inglês) deve chegar a 65,1%, no entendimento do BofA.
Também indicando os dados operacionais já divulgados pela B3, o BofA espera uma pressão pela maior contribuição das taxas de juros nos contratos em reais. “No negócio de balcão (OTC), os registros de derivativos foram o destaque positivo, impulsionados pelos swaps, enquanto os registros de renda fixa cresceram 5%”.
O BofA também cita despesas operacionais, que devem ser afetadas pelo reajuste inflacionário sobre salários e pela sazonalidade de despesas na vertical de tecnologia e dados. Mesmo assim, o BofA mantém recomendação de compra para os papéis, pois considera que a empresa deve ser a principal beneficiada de potenciais cortes nas taxas nos próximos meses, “potencialmente levando a revisões para cima nas estimativas de lucros”, ponderam os analistas Mario Pierry, Flavio Yoshida, Antonio Ruette e Ernesto Gabilondo.
A Genial Investimentos enxerga “receitas de lado, mas lucro caindo no trimestre” e aponta que as atenções estão voltadas para 2024, quando se espera retomada de maior negociação de ações com os cortes nas taxas de juros. A Genial estima um lucro de R$953 milhões entre outubro e dezembro. “Esperamos que a receita do trimestre seja compensada pela melhora no segmento de balcão e de infraestrutura para financiamentos, além de um melhor desempenho vindo de dados, levando a receita bruta total para R$ 2,5 bilhões”, detalha, ao indicar recomendação de compra com as perspectivas para este ano e um valuation atrativo, a preço-alvo de R$17,10.
Dados do terceiro trimestre
No terceiro trimestre de 2023, a B3 reportou um lucro líquido recorrente de R$1,159 bilhão, em linha com o mesmo período do ano anterior, com leve alta de 0,5%, e 0,8% abaixo do 2T23. A receita totalizou R$2,490 bilhões, 0,8% abaixo na comparação anual e com acréscimo de 0,5% frente ao 2T23. O EBITDA recorrente somou R$1,617 bilhão, uma diminuição de 3,2% ante igual intervalo de 2022 e contração trimestral de 0,9%.
Em mensagem da administração, a companhia mencionou que o período foi afetado pela manutenção de postura mais restritiva dos bancos centrais nas principais economias do mundo, que seguem com seus ciclos de aperto monetário. A B3 citou ainda a “desaceleração generalizada nos mercados de ações e renda variável ao redor do mundo no período, reflexo da redução do apetite ao risco dos investidores”.
Fonte: InvestingPRO
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O que diz o InvestingPRO
A plataforma InvestingPRO estima um preço-justo de R$15,06 para as ações da B3, um potencial de valorização em torno de 16%. Além disso, a saúde financeira é considerada como um bom desempenho, atingindo nota 3 (de intervalos que vão de 1 a 5).
Fonte: InvestingPRO
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Fonte: InvestingPRO
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