Investing.com - A Copel dispara no pregão desta segunda-feira e vai ao maior valor desde o crash da bolsa em meados de maio com a delação dos executivos da J&F.
O papel avança mais de 10% em seu segundo pregão de alta após a publicação de resultado na semana passada e da decisão de não emitir novas ações para se capitalizar. Às 13h, o papel era negociado a R$ 29,63, maior valor desde que perdeu o patamar de R$ 30 em maio com a derrocada da bolsa pós-delação.
A alta de hoje vem sendo explicada pela decisão na semana passada da empresa em não emitir novos papéis, proposta que tinha sido apresentada em junho. O objetivo da operação que poderia alcançar R$ 4 bilhões era reduzir a alavancagem da empresa, em 4,1x o Ebitda, e rolar parte da dívida, já que possui cerca de R$ 2,9 bilhões vencendo em julho de 2018.
A direção da empresa ainda não informou qual a alternativa para o levantar capital ao cancelar a emissão de ações e dizer que “há, neste momento, melhores alternativas de geração de caixa que possam continuar suportando o plano estratégico de crescimento sustentável da companhia".
Na sexta-feira, o papel avançou 5% saltando de R$ 25,25 no fechamento do dia anterior para R$ 26,50.
O BTG Pactual (SA:BBTG11) manteve a recomendação ‘neutra’ após o resultado com preço-alvo de R$ 37, enquanto o Citi elevou a empresa hoje para ‘compra’ com objetivo de R$ 32,20. Na semana passada, o HSBC passou a recomendar ‘compra’ com preço de R$ 34.
A Copel teve lucro líquido de R$ 151 milhões no segundo trimestre, queda de 85% frente ao mesmo período do ano passado. A receita com a venda de bens e serviços também caiu, para R$ 3,2 bilhões, ante R$ 3,8 bilhões no segundo trimestre de 2016.