Petrobras: estatal continua com resultados negativos (Agência Petrobras/Divulgação)
SÃO PAULO – Em dia de mudança de governo, as estatais apareceram com notícias negativas: a Petrobras (SA:PETR4) apresentou mais um prejuízo trimestral. Já a Eletrobras (SA:ELET3) pode gerar uma dívida de R$ 40 bilhões para a gestão de Michel Temer, presidente em exercício. Veja as empresas que foram notícia nesta quinta-feira (12):
Poço fundo 1 - A Petrobras registrou prejuízo de R$ 1,25 bilhão no primeiro trimestre, ante lucro de R$ 5,33 bilhões no mesmo período do ano anterior, com o resultado impactado por maiores despesas de juros e variações monetárias e cambiais negativas, além de menores vendas no mercado interno e queda na produção. O resultado veio pior do que o esperado pelo mercado. A expectativa era de um lucro líquido de R$ 3,64 bilhões, segundo média apurada pela Reuters com analistas.
Poço fundo 2 - A Petrobras teve redução de 22% no custo de extração de petróleo e gás no primeiro trimestre ante mesmo período do ano passado, para US$ 10,13 por barril de óleo equivalente, disse nesta quinta-feira a diretora de Exploração e Produção da companhia, Solange Guedes, em entrevista a jornalistas para comentar os resultados.
Poço fundo 3 - A Petrobras informou nesta quinta-feira que fechou acordo de exclusividade por 60 dias com a Brookfield (SA:BISA3) para alienar a divisão de gasodutos Nova Transportadora do Sudeste (NTS) e que seu Conselho de Administração aprovou a venda da fatia da companhia na Petrobras Argentina à Pampa Energia.
Estado de choque - A eventual não publicação de demonstrativos de resultados de 2014 e 2015 pela Eletrobras em tempo hábil junto a reguladores norte-americanos pode implicar na antecipação do vencimento de dívidas da estatal equivalentes a entre R$ 20 bilhões e R$ 40 bilhões. A informação é do ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Romero Jucá.
De uma mão para a outra - A Ambev (SA:ABEV3) vai transferir para a sua controladora, a Anheuser-Busch InBev, as suas operações no Equador, Peru e Colômbia, de acordo com fato relevante divulgado nesta quinta-feira pela companhia brasileira. Ao mesmo tempo, a Ambev irá receber de sua controladora a operação da SABMiller no Panamá.
Juntos - A Via Varejo (SA:VVAR11) anunciou nesta quinta-feira que assinou um memorando de entendimentos para uma potencial integração da varejista de eletrônicos, eletrodomésticos e móveis com a empresa de comércio eletrônico Cnova no Brasil. O anúncio fazia as ações units da Via Varejo dispararem mais de 6% no início da tarde desta quinta-feira.
Inflação - A CSN (SA:CSNA3) está vendo espaço para implementar um aumento de 10% nos preços de aço em junho, no terceiro reajuste consecutivo, apesar da recente queda nos preços da liga na China, afirmou o diretor comercial da empresa nesta quinta-feira.
Na rota - A companhia de concessões de logística Ecorodovias (SA:ECOR3) teve lucro líquido de R$ 56,5 milhões, quase o dobro do resultado obtido no mesmo período do ano passado, apoiado em melhora de resultados em concessões rodoviárias e no balanço financeiro.
Em casa - A MRV viu seu lucro líquido crescer 20,7% no primeiro trimestre, na comparação anual, e vai intensificar a atuação em cidades com operações menos maduras, visando aumento de participação de mercado. A construtora e incorporadora mineira anunciou nesta quinta-feira lucro líquido de R$ 128 milhões de janeiro a março, ante R$ 106 milhões um ano antes. Na comparação com o quarto trimestre, o lucro caiu 8,6%.
Pilha fraca - A estatal paranaense de energia Copel apresentou lucro líquido de R$ 136,1 milhões no primeiro trimestre, queda de 71% na comparação anual, impactada por uma redução na demanda por energia e provisões, entre outros fatores, informou a companhia nesta quinta-feira.
Choveu na horta - A Sabesp (SA:SBSP3) teve lucro líquido de R$ 628,8 milhões no primeiro trimestre, alta de 97,6% sobre o mesmo período um ano antes, informou a companhia de saneamento básico de São Paulo nesta quinta-feira.
Pilhado - A holding CPFL Energia (SA:CPFE3) registrou lucro líquido de R$ 232 milhões no primeiro trimestre de 2016, com avanço de 63,3% ante mesmo período do ano passado, informou a companhia nesta quinta-feira.
Estimativa - A Raízen Energia, maior companhia de açúcar e etanol do Brasil, projetou a moagem de cana da safra 2016/17 entre 60 milhões e 64 milhões de toneladas, informou nesta quinta-feira uma de suas controladoras, a Cosan.