Investing.com - O dia começa positivo e indica que a sequência de altas na bolsa de valores de São Paulo seguirá no começo desta semana, apoiado pelo avanço do minério de ferro e dos mercados internacionais, em dia de recuo do petróleo.
O Ibovespa Futuros opera em alta de 0,1% a 76.350, depois de perder 200 pontos da máxima de 76.550 dos primeiros minutos de negociação. Na sexta-feira, o Ibovespa terminou o pregão com novo recorde aos 75.756 pontos.
O ambiente internacional é benigno e deverá fornecer suporte para mais um pregão no positivo do Ibovespa, que, se confirmado, encerrará o dia com novo recorde. Os futuros dos EUA operam com ganhos de 0,2% no S&P 500 e de 0,3% no Nasdaq e no Dow. Na Europa, o pregão também é majoritariamente positivo com ganhos de 0,25% no DAX e no CAC 40 e de 0,4% no FTSE 100.
No Brasil, o fato político do dia é a posse de Raquel Dogde como nova procuradora-Geral da República, substituindo Rodrigo Janot, que estava no cargo há 4 anos. Nas próximas semanas, Dogde poderá mostrar seu ritmo de trabalho à frente da PGR e ficarão conhecidas suas posições sobre as novas delações premiadas em negociação - possivelmente Palocci e Eduardo Cunha -, assim como a decisão sobre o acordo com a J&F e a denúncia contra o presidente Michel Temer apresentada na semana passada.
Mais cedo, o boletim Focus do Banco Central mostrou que o mercado passou a prever juros ainda mais baixos para próximo ano. Enquanto os analistas apostam em patamar recorde mínimo de 7% da Selic no final de 2017, as projeções passaram para manutenção desse patamar ao longo de 2018, contra expectativa anterior de elevação para 7,25%.
A previsão do IPCA de 2017 cedeu de 3,14% para 3,08% e de 2018 de 4,15% para 4,12%. A alta do PIB segue em 0,6% neste ano e foi elevada de 2,1% para 2,2% em 2018.
A semana deverá trazer eventos importantes que mexem com o mercado. Na quarta-feira, o Fed deverá terminar sua reunião de política monetária com a expectativa praticamente unânime de manutenção de taxas de juros. Os investidores deverão focar nas revisões das projeções do Fed divulgados ao final do encontro e ao tom a ser adotado por Janet Yellen sobre a expectativa de novas altas de juros.
Já no Brasil, a quarta-feira deverá ficar marcada pelo retorno das discussões no STF sobre denúncia contra Michel Temer. A defesa do presidente pede a sustação da nova denúncia.
No dia seguinte, serão divulgados o Relatório Trimestral de Inflação do Banco Cenral e o IPCA-15 de setembro, que balizarão as revisões sobre inflação e juros para os próximos meses.
Commodities
O petróleo opera em baixa de 0,7% com a rolagem do contrato de outubro para novembro, mas segue acima dos US$ 50 o barril, patamar que não era rompido desde o início de agosto . O Brent cede 0,7%, vendido a US$ 55,25 o barril, perto da máxima de cinco meses.
O minério de ferro avançou 0,4% nos futuros da bolsa de Dalian, na China, e o contrato de janeiro fechou cotado a 512 iuanes a tonelada.
Mundo corporativo
A JBS (SA:JBSS3) informou que seu conselho de administração elegeu José Batista Sobrinho como presidente-executivo da maior empresa mundial de carnes processadas, no lugar do filho Wesley, que está preso por insider trading.
O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, disse que a eleição foi feita “às pressas” e a representante do banco “votou por conta própria”.
A construtora Odebrecht vendeu sua participação em um megaprojeto argentino de trens subterrâneos.
A produção da Petrobras (SA:PETR4) em agosto atingiu 2,72 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), queda de 0,7% ante julho, em meio a um recuo na extração do pré-sal e fechamento de poços dos EUA pela tempestade Harvey.
O reajuste dos preços da celulose implementado pela Fibria (SA:FIBR3) na sexta-feira (15) reforça a visão de que o mercado está forte com a demanda firme, avalia o BTG Pactual (SA:BBTG99) em um relatório enviado a clientes neste domingo (17).