Investing.com – Um divisor de águas. É assim que a XP Investimentos (BVMF:XPBR31) enxerga o mercado de telecomunicações, após um breve período de calmaria, ao apontar uma ameaça com a esperada entrada do Nubank (BVMF:ROXO34) como operadora móvel virtual no segundo semestre deste ano, afetando principalmente a Tim (BVMF:TIMS3) e a Telefônica Brasil (Vivo) (BVMF:VIVT3).
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Em relatório divulgado a clientes e ao mercado, a XP aponta que a fintech obteve aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para se tornar uma operadora móvel virtual (MVNO) utilizando a infraestrutura da Claro. “O racional estratégico para a entrada do Nubank nesse mercado está em linha com a estratégia do banco de replicar suas competências em novos mercados, aumentando a monetização de sua enorme base de clientes”, destacam os analistas Bernardo Guttmann, Marco Nardini, Matheus Guimarães e Rafael Nobre, que citam riscos de execução, apesar de indicarem que as “capacidades únicas da Nu aumentam a probabilidade de sucesso”.
Segundo a XP, o Nubank poderia atingir cerca de 11 milhões de usuários pré-pagos e 7,5 milhões de usuários pós-pagos em três anos. Assim, iria conquistar uma fatia de mercado de cerca de 7%. Hoje, o Nu é responsável por cerca de 22% do mercado de recargas no segmento prépago, com aproximadamente 20 milhões de clientes.
O setor de telecomunicações vem passando por um momento de consolidação após reestruturação com saída da Oi Móvel (BVMF:OIBR3), com concorrência mais racional, e reajustes repassados a níveis superiores da inflação. No entanto, as receitas podem ser reduzidas para os principais players atuantes, com migração de clientes.
“Para a Tim e a Vivo, o impacto poderia ser significativo, com potencial perda de participação de mercado e redução do ARPU devido à entrada de um player com preços agressivos”, alerta a XP, que enxerga a Vivo como mais protegida no segmento pós-pago, diante de pacotes de serviços oferecidos.
A XP possui recomendação de compra para Tim, com preço-alvo de R$24, e para Telefônica Brasil, com preço-alvo de R$64. Para o Nubank, não há recomendação.
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