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Volkswagen Caminhões retoma ritmo de produção no RJ após greve de caminhoneiros

Publicado 06.06.2018, 15:17
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Por Alberto Alerigi Jr.

SÃO PAULO (Reuters) - A fábrica de caminhões e ônibus do grupo alemão Volkswagen em Resende (RJ) voltou na segunda-feira ao ritmo de produção do início do ano ,após ficar uma semana parada por causa da greve dos caminhoneiros que atingiu todo o setor automotivo brasileiro no final de maio.

A empresa deve conseguir recuperar o impacto financeiro gerado pela paralisação entre este mês e julho, disse o presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus para a América Latina, Roberto Cortes, em entrevista à Reuters.

"Não recebemos nenhum cancelamento de pedidos anteriores. Retomamos na segunda-feira o nível de produção depois de ficarmos fechados sete dias", disse o executivo evitando dar detalhes sobre o ritmo diário de produção. Ele acrescentou que a montadora conseguiu retomar a produção logo após o fim da greve na semana passada por ter implantado plantões de recebimento de peças.

"As vendas estão voltando aos poucos. Tenho a impressão que a vida volta ao normal...o setor vinha num ritmo de crescimento de vendas de 57 por cento nos primeiros quatro meses do ano sobre o mesmo período de 2017, até que em maio as vendas praticamente pararam por causa da greve", disse Cortes. "Estamos produzindo em um turno diário, com algumas horas extras, e usando alguns sábados", acrescentou.

De janeiro a maio, as vendas de caminhões novos no Brasil subiram 52,7 por cento sobre a base de comparação fraca no mesmo período do ano passado, a 26,3 mil unidades. Já as vendas de ônibus avançaram 28 por cento, para 4,7 mil. As vendas da Volkswagen Caminhões e Ônibus no período somaram 7.282 caminhões, alta anual de 67 por cento, e 755 ônibus, aumento anual de 17 por cento.

Apesar do impacto da greve de caminhoneiros no Brasil, as operações da comerciais da Volkswagen Caminhões e Ônibus para a América Latina, com sede no Brasil, seguiram funcionando, com a unidade da companhia no México conseguindo acertar uma venda de 610 ônibus rodoviários para o grupo mexicano de transportes Iamsa, afirmou o executivo.

O contrato de 60 milhões de dólares envolve fornecimento dos veículos a partir da Alemanha, onde os modelos da marca MAN são produzidos, disse Cortes. A entrega será feita em até cinco anos e a transação, fruto de negociações que duraram quatro meses, "é o maior negócio dos últimos anos em ônibus para nós", disse Cortes sobre as operações no México, que tem acordo comercial com a Europa.

Questionado sobre as medidas que o governo de Michel Temer tomou para encerrar a greve dos caminhoneiros, como a reoneração fiscal de alguns setores, Cortes afirmou que ainda não ficou claro qual será o impacto sobre a indústria de veículos.

Na semana passada, o governo anunciou redução de benefícios tributários para exportadores, empresas de refrigerantes e indústria petroquímica para cobrir a perda de receita de 4 bilhões de reais neste ano decorrente da decisão de diminuir impostos sobre o diesel para encerrar a paralisação dos caminhoneiros.

O projeto que saiu do Congresso previa que 28 setores poderiam continuar desonerados, mas o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, afirmou que 17 setores permanecerão na desoneração até 31 de dezembro de 2020, incluindo transporte de passageiros, transporte rodoviário de cargas e fabricação de veículos e carrocerias.

"Ainda não está muito claro (o impacto da reoneração), alguns fornecedores vão ser impactados. Ainda estamos analisando", disse Cortes, citando que a companhia de bebidas Ambev (SA:ABEV3) comprou 400 caminhões da empresa no ano passado.

Segundo ele, se a instabilidade gerada pela manifestação dos caminhoneiros se agravar, a decisão de compra de veículos comerciais pelos empresários pode ser atingida nos próximos meses. Por outro lado, a manutenção dos juros da economia em patamares reduzidos aliado ao processo de renovação da frota nacional deve ajudar a minizar as preocupações dos compradores.

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"A indústria de caminhões sofreu tanto nos últimos anos que a tendência é de recuperação...Óbvio que se a instabilidade se agravar, o motivo de preocupação aumenta, o que atinge a decisão de compra", disse Cortes.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

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