A dona do TikTok, ByteDance, prefere encerrar a atuação do aplicativo nos Estados Unidos em vez de vendê-lo, caso esgote todas as opções legais para combater a proibição da plataforma em lojas de aplicativos norte-americanas.
Segundo fontes próximas à empresa chinesa ouvidas pela agência internacional de notícias Reuters nesta 5ª feira (25.abr), os algoritmos essenciais para as operações do TikTok são considerados fundamentais para as operações gerais da ByteDance, tornando “altamente improvável” a venda do aplicativo.
Ainda segundo os funcionários, que preferiram permanecer em anonimato, a rede social representa só uma pequena parte das receitas e usuários diários ativos da ByteDance. Por isso, os donos preferem fechar o aplicativo nos EUA do que vendê-lo, se necessário, já que assim manteriam seu algoritmo principal.
Na 4ª feira (25.abr), Biden sancionou o projeto de lei que obriga a ByteDance a vender o TikTok nos EUA dentro de 1 ano. Caso a rede social não passe a ser comandada regionalmente por um empresário norte-americano, será proibida no país.
A medida foi aprovada pela Câmara dos Deputados no sábado (20.abr) e pelo Senado na 3ª feira (23.abr). A decisão foi impulsionada pela suspeita entre autoridades dos EUA de que a China estaria usando a plataforma para acessar os dados de norte-americanos e vigiá-los.
O CEO do TikTok, Shou Zi Chew, afirmou que a plataforma de mídia social contestará a nova lei com base na 1ª Emenda da Constituição norte-americana, que garante o direito à liberdade de expressão.
“Não se engane. Essa é uma proibição do TikTok, de você e da sua voz […] É obviamente um momento decepcionante, mas não precisa ser decisivo. Na verdade, é irônico porque a liberdade de expressão no TikTok reflete os mesmos valores norte-americanos que fazem dos Estados Unidos um farol de liberdade”, declarou em vídeo publicado na rede social.