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Unafisco: Tributação de dividendos pode render R$ 160,1 bilhões

Publicado 30.04.2024, 06:04
© Reuters.  Unafisco: Tributação de dividendos pode render R$ 160,1 bilhões

Estudo da Associação Nacional dos Auditores da Receita Federal (Unafisco Nacional) traz proposta que prevê que a tributação de lucros e dividendos no País poderia render arrecadação de R$ 160,1 bilhões para o exercício 2025. Esse montante viabilizaria a compensação da correção da tabela do IRPF e permitiria redução das alíquotas do IRPJ e da futura CBS, a ser implementada com a regulamentação da reforma dos impostos sobre consumo. O dado consta em nota técnica, antecipada ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), que analisa a distribuição de lucros e dividendos, comparando experiências internacionais.

A proposta da Unafisco é de inclusão parcial, com tributação de 75% dos lucros e dividendos recebidos, uma maneira que mitigaria a sensação de injustiça tributária. A tributação de dividendos teria uma alíquota efetiva média de 14,47% - intermediária entre o sistema atual, de isenção dessa cobrança, e do clássico, que todo montante seria tributável. Seguindo esses parâmetros, a arrecadação no IRPF para o exercício de 2025 totalizaria R$ 472,3 bilhões, sendo que R$ 160,1 bilhões corresponderiam a um incremento nas receitas.

Apesar de ressalvas sobre a comparação das alíquotas nominais, a nota técnica da Unafisco verificou que, independentemente do sistema adotado, a alíquota global nominal média nos Países analisados é de 48,5% sobre os lucros da empresa e do mesmo patamar para o lucro dos sócios. Foram analisadas a tributação nos Estados Unidos, China, Alemanha, Reino Unido e França.

Impacto distribuído

A avaliação é de que a tributação parcial de lucros e dividendos dá um passo importante para se alcançar a justiça tributária. Para que essa mudança não implique em elevação da carga tributária, a Unafisco faz uma proposta de redistribuição de tributação.

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Para corrigir a tabela do IRPF, a sugestão é de correção de 37% da faixa de isenção, que passaria os atuais R$ 2.259,20 para R$ 3.095,10 mensais, com ajustes nas demais faixas. Pela proposta, seriam quatro faixas de alíquotas - 7,50%, 15%, 22% e 27,5% -, sendo que a base de cálculo da última faixa seria para ganhos acima de R$ 6.390,61 mensais.

"A correção de 37% no índice de ajuste, ainda que não corresponda à correção total da defasagem acumulada desde 1996, resultaria no alívio de R$ 100 bilhões na arrecadação, afetando positiva e indistintamente os contribuintes recebedores e não recebedores de lucros e dividendos", diz o documento.

A alíquota de IRPJ teria redução de 2,5 pontos porcentuais. Atualmente, a incidência é de 15% sobre o lucro apurado, com adicional de 10% sobre o que exceder R$ 20 mil ao mês, o que pode fazer o imposto chegar a 25%. Com a redução proposta pela Unafisco, o IRPJ chegaria a 22,50%, compensados com R$ 30 bilhões de arrecadação adicional.

No caso da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que ainda será regulamentada pela reforma tributária em andamento, a Unafisco pontua que só será possível estimar redução em alíquota após a sua definição. Mas, levando em consideração a carga tributária federal que incide sobre consumo, que seria de 4,57% do PIB, seria possível reduzi-la em 0,28 p.p., passando para 4,37% do PIB, com a destinação de R$ 30 bilhões.

Dupla não-tributação

A Unafisco avalia que, apesar de uma das críticas à tributação dos dividendos ser o argumento de que haveria uma bitributação dos lucros, caso incidam impostos sobre as empresas e pessoas físicas, não se fala da não tributação de parte desses ganhos. Para os auditores, o que ocorre é uma "dupla não-tributação". Apesar de as alíquotas de tributos para empresas alcançarem patamar de 34%, a carga efetiva, na prática, é menor após usar todos os dispositivos disponíveis, como benefícios fiscais, para abater impostos.

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"Com isso, há evidente parcela do lucro apurado e não tributado que é objeto de distribuição aos sócios e acionistas, configurando-se, assim, uma renda distribuída que não é submetida ao IRPJ e, ao ser distribuída, não é tributada também no IRPF. Essa sistemática da dupla não tributação da renda ocorre não apenas no lucro real, mas também para as pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido e pelo Simples Nacional", diz a nota.

A Unafisco sugere o fim da distinção entre empresas grandes e do Simples, o que combateria, também, a distorção da "pejotização". A avaliação da entidade é de que a adoção dessas medidas trazem mais justiça fiscal, reduzindo a regressividade do sistema e estimulando o reinvestimento dos lucros, o que geraria mais emprego e renda.

Últimos comentários

e ainda a unafisco acha que. tributar dividendo vai aumentar emprego???
tributa dividendo, se existir. dividendo é o premio para o investidor, que na maioria das vezes perde dinheiro na bolsa. tributar é afastar o investidor da bolsa, com queda do preco das acoes e aumento do custo do dinheiro para financiar o misero parque industrial do brasil, que a cada ano diminui.
Não seria mais fácil acabar com os benefícios fiscais? Ah, é que esqueço que isso acabaria com os "esquemas" para favorecer certas empresas, que são clientes de certos escritórios, que tem familiares de certas autoridades como sócios, né?!.
Murilo falando Bobagem como sempre, o Brasil e o 2 país do mundo que mais pagar imposto de empresas...
A solucao e reduzir despesas!
só pensam em criar impostos
o que acho engraçado é que todos queriam estar na condição financeira dos EUA e União Europeia, mas, quando se fala em justiça fiscal, preferem o Brasil mesmo, onde apenas o pobre paga imposto. Enquanto não se inverter a lógica de taxar mt consumo pra começar a taxar lucros e dividendos, seremos esse país medíocre. Eu, por exemplo, se não passe 27,5%, poderia consumir mais e, consequentemente, isso é bom pra todos, inclusive as empresas.
por que não estudam uma maneira de cortar gastosao invés de criar novos impostos?
Ninguem sabe o que é essa Unafisco, mas deve ser um puxadinho do partido do pai dos ladroes querendo tirar mais dinheiro do povo que poupa.
Unafisco defendendo a tributação em causa própria. Entra mais dinheiro no governo, aumento de salários e benefícios para a casta do funcionalismo público brasileiro. Ninguém mais acredita em qualquer declaração de funcionários públicos ou associações que os representem. DIVIDENDOS JÁ SAO TAXADOS NA EMPRESA QUE OS DISTRIBUI!!!
🫨
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