Junte-se a +750 mil investidores que copiaram as ações das carteiras dos bilionáriosAssine grátis

Commodities nesta Semana: Memorial Day, Irã e Clima nos EUA Movimentam o Petróleo

Publicado 24.05.2021, 10:13
XAU/USD
-
US500
-
DX
-
GC
-
LCO
-
CL
-
NG
-
US10YT=X
-
BTC/USD
-

Publicado originalmente em inglês em 24/05/2021

Nesta semana, os investidores do petróleo ficarão de olho no início da temporada de furacões na costa atlântica americana, que pode prejudicar importantes instalações de energia no Golfo do México, além do feriado prolongado de Memorial Day, que marca o pico da temporada de viagens automotivas nos EUA.

Petróleo diário

Pelo lado da baixa, as tratativas com o Irã sobre o pacto nuclear estarão no centro das atenções, já que podem permitir que o país exporte petróleo sem as sanções americanas. O pacto deve multiplicar a produção de Teerã em um mundo ainda preocupado com a demanda, já que persistem as restrições a viagens e à atividade por causa da pandemia de Covid-19.

Nesse cenário, os investidores do ouro devem acompanhar atentamente os rendimentos dos treasuries e do dólar em vista do maior temor com a inflação. Todo esse ambiente pode permitir que o ouro teste novamente o nível de US$ 1.900, que está na mira dos investidores desde a semana passada.

Ouro diário

Se os yields da nota de 10 anos do tesouro americano – que agora estão nos níveis inferiores de 1,6% – subirem, podem gerar aversão ao risco nos mercados, inclusive nas ações, segundo Tariq Zahir, gerente da Tyche Capital Advisors, fundo de commodities de Nova York focado em petróleo, ouro e outras estratégias macro.

“Ainda acredito que o risco é de baixa, já que os yields podem disparar a qualquer momento", declarou Zahir.

As fortes oscilações do bitcoin, que arrefeceram o apetite ao risco na semana passada, podem continuar afetando o mercado mais amplo, pelo menos por enquanto.

Furacão e viagens automotivas nos EUA favorecem o petróleo

Os preços do petróleo subiam 0,7% durante a sessão asiática, com o barril de West Texas Intermediate, referência nos EUA, girando em torno de US$64,03, enquanto o barril de Brent, negociado em Londres e referência mundial, estava a US$66,81.

A alta ocorreu depois que o Centro Nacional de Furacões dos EUA alertou que havia uma chance de 60% ocorrer um furacão por causa do sistema climático de baixa pressão na costa ocidental do Golfo do México, com ventos de até 48 a 56 km por hora. Mais de 45% da capacidade de refino de petróleo nos EUA está localizada da costa do Golfo, além de 51% da capacidade total de processamento de gás natural.

Outro fator que deu suporte ao petróleo foi a especulação de que os americanos vão encher o tanque mais de uma vez neste fim de semana para a celebração do feriado prolongado do Memorial Day, em 31 de maio. A Associação Automobilística Americana espera que 37 milhões de pessoas peguem a estrada neste Memorial Day, uma alta de 60% em relação aos 23 milhões durante a pandemia do ano passado.

Quanto às tratativas nucleares com o Irã, o presidente do parlamento persa afirmou, no domingo, que um acordo de monitoramento de três meses entre Teerã e o órgão fiscalizador das Nações Unidas havia expirado e que seu acesso a imagens internas de algumas instalações iranianas seria interrompido.

Tratativas nucleares com o Irã podem influenciar na cotação do petróleo

Diplomatas europeus disseram, na semana passada, que a não prorrogação do acordo de monitoramento afetaria tratativas indiretas entre Washington e Teerã na retomada do acordo de 2015 com o Irã. Essas tratativas devem recomeçar nesta semana em Viena.

Entretanto, uma reportagem da Bloomberg disse que o Irã deve estender o acordo de inspeções nucleares da ONU, dando tempo para que diplomatas avancem no acordo.

O governo Biden tem sido seletivo na aplicação das sanções da era Trump sobre o petróleo iraniano, permitindo que Teerã transportasse milhares de barris por dia para alguns compradores, apesar do embargo americano. O mais importante para o Irã agora é sua reincorporação ao sistema bancário internacional para que consiga negociar seus carregamentos de petróleo sem restrições.

Se as sanções de fato forem levantadas, podem permitir a entrada de cerca de 500.000 a 2 milhões de barris de petróleo iraniano no mercado durante os próximos meses, de acordo com fontes familiares ao assunto.

O Irã chegou a declarar que, “em questão de meses”, poderia atingir sua produção máxima de quase 4 milhões de barris por dia assim que as sanções fossem levantadas. Fontes que conhecem a capacidade produtiva do país estimam que sua produção atual seja de cerca de 2 milhões de barris ao dia.

Analistas dizem que a oferta adicional do Irã forçará uma reconfiguração mundial de toda a oferta petrolífera, possivelmente pesando sobre a cotação do petróleo, principalmente por causa da preocupação com a demanda na Índia, terceiro maior consumidor do produto e que está às voltas com o coronavírus.

Dados de inflação são fundamentais para o ouro

A retomada do nível de US$1.900 no ouro deve ser influenciada por um conjunto de dados econômicos nos EUA nesta semana, como renda e gastos pessoais. O chamado núcleo dos gastos com consumo pessoal exclui alimentos e energia e constitui a principal medida de inflação do Federal Reserve para sua meta flexível de 2%. Nos 12 meses até março, acumula alta de 1,8%.

Os dados podem testar a determinação do Fed de manter as compras de ativos no ritmo atual em vista do repique na economia e na inflação.

O banco central americano reconhece as pressões de preço por causa de gargalos nas cadeias de fornecimento, que enfrentam dificuldades para lidar com a demanda.

Mas o banco central insiste que essas pressões inflacionárias são “transitórias” e que perderão força nos próximos meses. A instituição também afirma que não vê necessidade por enquanto de aumentar os juros.

Esse ambiente reforça o papel natural do ouro como proteção contra a inflação, dizem os investidores que tentam fazer o metal voltar ao patamar de US$ 1.900 visto pela última vez em janeiro, antes de um movimento maior em direção às máximas recordes de US$2.100 cravadas em agosto passado.

Tanto os preços futuros como à vista do ouro ficaram a menos de US$ 10 de tocar US$ 1.900 na sexta-feira, segunda vez em que essa falha ocorreu na semana passada.

O ouro com entrega em junho na Comex de Nova York era negociado a US$1.886,50 nesta madrugada.

O preço à vista, que reflete as negociações em lingotes, estava a US$1.885,90.

Outros dados econômicos devem ser divulgados na semana, como confiança do consumidor, preços de imóveis residenciais, vendas de casas novas, pedidos de bens duráveis e pedidos iniciais de seguro-desemprego.

Lael Brainard, governador do Fed, também deve se pronunciar sobre as moedas digitais na conferência virtual Consensus by CoinDesk, na segunda-feira. Em razão da recente volatilidade do mercado de criptomoedas, seus comentários serão acompanhados com atenção.

Aviso de isenção: Barani Krishnan utiliza diversas visões além da sua para oferecer aos leitores uma variedade de análises sobre os mercados. A bem da neutralidade, ele apresenta visões e variáveis de mercado contrárias. O analista não possui posições nos ativos e commodities sobre os quais escreve.

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.