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Como o petróleo reagirá ao início das sanções do Ocidente ao óleo da Rússia?

Publicado 01.12.2022, 09:15
Atualizado 09.07.2023, 07:31
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Escrevi extensamente sobre as sanções e o teto de preços ao petróleo da Rússia na semana passada, apresentando dois cenários básicos de como o mercado poderia reagir. Até o momento, no entanto, não houve consenso político a respeito de qual seria esse preço máximo para o barril russo.

A Polônia, a Letônia e a Lituânia querem definir o valor de US$ 30, pois o custo de produção da Rússia seria de cerca de US$ 20 por barril. Os países do G7 desejam estabelecer um limite de US$ 65-70. Grécia, Malta e Chipre defendem um preço ainda maior, pois seus importantes negócios com transporte seriam negativamente impactados pela política de teto de preços. Já a Comissão Europeia propôs um preço de US$ 62 por barril, mas, até quarta-feira, 30 de novembro, ainda não havia fechado um acordo.

Nesta semana, contudo, o barril russo dos Urais era negociado a US$ 55, seu nível mais baixo desde 2021. Isso reflete um desconto de US$ 30 em relação à cotação do Brent. Isso significa que fará sentido se o preço máximo acordado for maior do que a cotação dos Urais com desconto, pois, nesse caso, as transportadoras e seguradoras não estariam sujeitas às sanções. A maior parte do petróleo russo transportado por mar continuaria no mercado. Outras frações petrolíferas russas negociadas atualmente por cerca de US$ 74 por barril seriam impactadas, mas elas não correspondem à maior parte do petróleo remetido por Moscou pela via marítima.

Se o teto for alto o bastante a ponto de permitir que a Rússia continue vendendo os Urais com desconto, a expectativa é que a política de preço máximo tenha pouco impacto sobre o mercado. Ainda assim haveria transtornos, na medida em que os países europeus não poderão importar o petróleo da Rússia após 5 de dezembro, mesmo com muitos deles já reduzindo suas aquisições do produto ao longo deste ano.

Além disso, os países europeus poderão continuar importando produtos petrolíferos fabricados por outros países com o óleo russo, o que pode acabar contribuindo para a desvalorização dos derivados, à medida que Índia, China, Turquia e Indonésia aumentam suas aquisições de Moscou para fabricação e exportação. Evidentemente, se os países europeus tiverem que importar gasolina e diesel da Ásia, em vez de refinarias de Roterdã, o prazo de trânsito e os custos de transporte aumentarão.

Os investidores também devem acompanhar de perto a reunião da Opep+ de domingo, 4 de dezembro. Apesar de os mercados estarem fechados nesse dia, a Opep+ pretende se reunir virtualmente. Na semana passada, tudo levava a crer que o cartel poderia discutir um aumento de oferta, mas, nesta semana, os rumores mudaram, indicando que a Opep+ poderia, na verdade, cortar a produção.

O Goldman Sachs (NYSE:GS) acredita que os produtores da Opep+ estão preocupados com a recente desvalorização do barril e atuarão no sentido de reduzir a produção, a fim de alçar os preços. No entanto, cinco delegados da aliança disseram que o grupo provavelmente tomará a decisão de não mudar as cotas em vigor. De acordo com outras duas fontes da Opep+, o cartel discutirá um rebaixamento das cotas, porém é mais provável que o grupo as mantenha inalteradas.

Como a reunião da Opep+ ocorre na véspera da implementação das sanções e do teto de preços ao petróleo da Rússia, a organização provavelmente evitará fazer qualquer alteração nas cotas de produção, até que tenha tempo para observar como o mercado reagirá. Em todo caso, a Opep+ pode convocar uma reunião “extraordinária” para mudar as cotas de produção, caso acredite que isso seja necessário.

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