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Repensemos o Brasil..."Gustavo Franco, cadê você?"

Publicado 07.02.2013, 01:56
Atualizado 09.07.2023, 07:32
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Há um editorial do jornal "Folha de São Paulo" publicado na segunda-feira, dia 04-02-2013, que diz respeito ao clima que se abateu sobre a indústria brasileira.

O texto expõe um clima de desânimo, destaca velhos problemas, como a frágil infra-estrutura brasileira, os altos impostos e a confusa política econômica brasileira. No final, pede que os próprios industriais façam um exame de consciência.

É com esse pano de fundo que destaco que o Brasil dos últimos 10 anos parece, novamente, um país mergulhado no obscurantismo de idéias, de debates econômicos, de construção de novos paradigmas.

O pais sofreu e sofre uma espécie de "Nunca antes na história desse país".

Enquanto o mundo ajudou, o consumo de commodities batia recordes, o preço do minério de ferro alcançava níveis nunca antes imaginados, o Brasil foi pra frente; atingiu forte crescimento econômico e "virou a bola da vez".

É óbvio que nada dura para sempre...

E a conta parece ter chegado....ainda estamos na fase de checar se "a conta está certa"...
Mas, ela chegou...devagar...devagarzinho...
Mais cedo ou mais tarde, perceberemos que a inércia produzida em vários campos nesses últimos 10 anos representou um desastre para o Brasil...

É urgente que voltemos aos anos 80 e 90...

É urgente que retrilhemos o caminho do debate econômico...

Assim como nos anos 80 e parte dos anos 90, voltamos a ter muita, mas muita coisa "fora do lugar"...

O que conseguimos nos últimos 10 anos foi muito pouco, principalmente se olharmos o quanto o mundo nos ajudou, consumindo commodities, crescendo (principalmente na primeira metade dos anos 2000), e fazendo do Brasil, "sabe lá como", o "queridinho do mundo".

É urgente que tragamos de volta os mesmos debates dos anos 80 e 90...

Privatizações, reformas tributárias sérias, investimentos e queda no "custo-Brasil" são apenas um desses.

Onde estão Mario Henrique Simonsen, Pedro Malan, Edmar Bacha, André Lara Resende, Persio Arida e Gustavo Franco do "novo século" ?

O atual debate econômico tem se tornado uma gota d'água perto do que víamos nos anos 80 e 90.
Aqui e ali vemos uma exceção; Alexandre Schwartsman é uma delas.

É urgente que voltemos a repensar várias coisas.....

Me parece claro que o setor privado, como diz o Editorial da "Folha de São Paulo", tem que fazer um exame de consciência...
Mas é preciso mais...
Muitos dos que estão lá continuam a cometer os mesmos erros do passado.....

O "buraco é mais embaixo"...

Como chegamos a 2013 com uma inflação acima da meta por 3 anos consecutivos se estamos em forte desaceleração econômica ?

Como chegamos a 2013 discutindo reduções na tarifa de energia elétrica, o aumento nos combustíveis represado por uma estatal brasileira e a manutenção de tarifas de ônibus e metrô das maiores cidades brasileiras ?

Tais questões são temas que deveriam ter ficado lá atrás !

Lembro-me de várias intervenções de Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central de 97 a 99 e um dos principais executores do Plano Real, ao longo dos anos 80 e 90.

Uma delas foi a entrevista concedida ao programa "Roda Viva" da TV CULTURA no ano de 2000.

"O crescimento que nós estamos vivendo hoje, eu acho que tem muito que ver com as reformas que foram feitas, muito intensas, nos primeiros anos do plano real especialmente. Abertura, volta dos investimentos estrangeiros, privatização, crescimento extraordinário da produtividade. Esses são elementos da economia real que produzem o potencial do crescimento que hoje nós estamos vendo aflorar. Eu só lamento que nós não tenhamos ido mais fundo no processo de reforma... meio que estacionou ali no começo do ano." (ver entrevista de Gustavo Franco no Programa "Roda Viva", TV CULTURA, em 11/09/2000)

Devemos muito ao Gustavo Franco...

As Escolas de Economia e Administração espalhadas pelo país precisam, urgentemente, resgatar "novos Gustavos Francos"...

"Gustavo Franco, cadê você ?"





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