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Discurso de Maurício da Costa Moura no Evento Cooperativismo de Crédito em Pauta

Por Banco Central do Brasil25.04.2018 09:49
 

Brasília (DF), 25 de abril de 2018.

Discurso do Diretor do Banco Central, Maurício da Costa Moura, na abertura do evento Cooperativismo de Crédito em Pauta: Plenário do CECO e Assembleia Geral do FGCOOP

Prezados,

Presidente da OCB: Márcio Lopes de Freitas

Presidente do Conselho de Administração do FGCoop: Bento Venturim

Coodernador do CECO: Leo Trombka

Presidente da Frencoop: Deputado Osmar Serraglio

Representante do Ramo Crédito na Frencoop: Deputado Domingos Sávio

Senhoras e Senhores,

Bom dia.

É uma honra representar o Banco Central nesse prestigioso evento.

O cenário econômico atual é marcado por evolução benigna da inflação, redução sustentável da taxa básica de juros e pela recuperação consistente da economia brasileira.

Esse ambiente macroeconômico mais favorável tem propiciado a consolidação do avanço do crédito às famílias e às pequenas e médias empresas.

O sistema financeiro permanece robusto, bem capitalizado, bem provisionado e com amplos níveis de liquidez. Sem dúvida, o papel do sistema cooperativista para a construção e a manutenção desse sólido ambiente financeiro não pode ser esquecido ou menosprezado. Muito pelo contrário, o setor é parte construtiva fundamental desse cenário benigno.

Para além de cumprir sua missão no campo da política monetária e da manutenção da estabilidade financeira, o Banco Central vem implementando desde o final de 2016 uma série de ações estruturantes sob a égide da Agenda BC+.

Mais do que uma agenda de trabalho, a Agenda BC+ é um compromisso assumido pelo Banco Central com a sociedade brasileira, de forma pública e transparente e que tem o objetivo de gerar benefícios sustentáveis para o país.

Como é de conhecimento público, são quatro os pilares da Agenda BC+: MAIS Cidadania Financeira, Crédito MAIS Barato, SFN MAIS Eficiente e Legislação MAIS Moderna.

O cooperativismo de crédito é peça fundamental dessa Agenda.

Quando mencionamos MAIS Cidadania Financeira, estamos em realidade tratando de Educação Financeira, de Proteção ao Consumidor de serviços financeiros e de Inclusão Financeira.

O Cooperativismo, com sua capilaridade, filosofia de atuação e presença junto ao pequeno empresário ou produtor, promove a Cidadania Financeira no seu dia-a-dia.

Não é sem propósito que o Banco Central preza a parceria com o segmento. Por exemplo, temos iniciativas importantes, como a com o Sescoop, na formação de instrutores para a disseminação de conteúdos de educação financeira, cujo sucesso expandiu as fronteiras de nosso país e foi levado a outros Bancos Centrais de Países de Língua Portuguesa (BCPLP), através da Aliança para a Inclusão Financeira (AFI).

Outra iniciativa conjunta tem sido a Semana Nacional de Educação Financeira – a Semana ENEF – que este ano ocorrerá daqui há pouco mais de duas semanas, de 14 a 20 de maio. Em 2017, as cooperativas foram responsáveis por mais de 1.400 ações, alcançando um público de mais de 1,3 milhão de pessoas. Tenho certeza de que essa parceria será novamente um sucesso em 2018.

Impossível não falar do papel das cooperativas ao mencionarmos os avanços nos pilares Crédito MAIS Barato e SFN MAIS Eficiente.

Entre 2016 e 2017 houve um incremento de 11% no número de operações de crédito das cooperativas, representando um crescimento de mesmo tamanho no volume financeiro de novas concessões.

Em igual período, as taxas médias de juros praticados caíram de 43,3% a.a. para 37,2% a.a.

Fica evidente que a presença das cooperativas, especialmente onde o sistema bancário não alcança a população, é de fundamental importância para a inclusão financeira, para o desenvolvimento da economia local e para geração de emprego e renda.

Além disso, a presença em centros urbanos onde os bancos tradicionaisjá se encontram estabelecidos também é benéfica, pois acaba por promover uma concorrência saudável para todo o sistema financeiro.

Desde a promulgação da Lei 5.764, de 1971, que regulamentou a política nacional de cooperativismo, muitos foram os avanços normativos, dos quais o Banco Central tem satisfação em ter contribuído. Neste momento de celebração, gostaria de rapidamente citar:

  • A Lei Complementar 130, de 2009, que regulamentou o cooperativismo de crédito, e criou também as bases para o Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop).
  • A criação do FGCoop, em 2012, com o objetivo de igualar as condições de competitividade no sistema financeiro, protegendo depositantes e investidores das instituições associadas;
  • A Criação da Política de Responsabilidade Socioambiental, em para as Instituições Financeiras, em 2015, que incluiu as cooperativas (Resolução 4327/2014);
  • De se destacar também a Resolução 4.434 que, em 2015, promoveu verdadeiro salto de governança ao redefinir as categorias em que podem se enquadrar as entidades cooperativas, entre outros importantes avanços.
  • Uma das mais recentes normas, de 2017, a Resolução 4.553 revisou a estrutura de segmentação das IF (criou o S5) e instituiu procedimentos simplificados e menor custo de observância para instituições de menor risco ao sistema. A proporcionalidade trazida por essa norma tem grande potencial para equalizar o ambiente competitivo, resultando em condições de concorrência mais alinhadas com um sistema financeiro amplo e diversificado como o brasileiro.

A parceria do Banco Central com o sistema cooperado é anterior à Agenda BC+, que veio para simplificar e evidenciar nosso compromisso com um SFN mais sólido e eficiente. Da mesma forma que o Banco Central vem envidando esforços ao longo do tempo, reconhecemos também que o segmento de cooperativas vem aperfeiçoando-se, e hoje colhe frutos do desenvolvimento de seu modelo, iniciado há alguns anos.

É importante celebrar as conquistas, mas não o suficiente. Se olharmos para o futuro, vislumbramos um cenário desafiador.

É verdade que o sistema cooperado está em um outro patamar: muito mais profissional e presente. Entretanto, estão presentes também as novas tecnologias, e modelos de atuação, que desafiam as estruturas de custos e questionam uma das principais forças das cooperativas: o relacionamento próximo com seus cooperados.

As novas tecnologias podem ser ameaça ou oportunidade para ampliar as fronteiras do setor. Nesse sentido, cabe ao sistema cooperativo definir formas de incorporar as tecnologias ora em desenvolvimento, que podem ter o condão de, nos próximos anos, mudar profundamente o ambiente competitivo em que as cooperativas atuam.

A Intercooperação, um dos valores do cooperativismo, talvez seja a chave para fazer enfrentar os novos desafios que se aproximam. Fazer valer o lema de que “onde um cresce, todos crescem”. Unir forças.

Nesse momento de celebração, aproveito para parabenizar a todo o sistema cooperado, que demostrou sua força ao inaugurar, ontem à noite, uma agência no Eixo Monumental, no coração de nossa capital federal. Simbolicamente, isso é muito significativo.

Para encerrar, gostaria de parabenizar a OCB e seus representantes pelo excelente trabalho realizado em 2017. Esse encontro faz um apanhado das realizações do último ano e coloca desafios. Nesse caminho, o Banco Central seguirá trabalhando com o sistema cooperado na agenda de interesses comuns, em especial, em várias iniciativas que compõem os quatro pilares da Agenda BC+.

Muito Obrigado!

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