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Petrobras reduz diesel em 6,7% nas refinarias; mantém gasolina

Publicado 07.12.2023, 12:02
Atualizado 07.12.2023, 13:15
© Reuters. Tanques na refinaria de Paulínia
1/07/2017
REUTERS/Paulo Whitaker
PETR4
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Por Marta Nogueira

 

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (BVMF:PETR4) reduzirá em 6,7% o preço médio do diesel em suas refinarias a partir de sexta-feira, enquanto manteve estável o valor da gasolina, em meio a um contínuo recuo dos preços do petróleo no mercado internacional.

O preço médio do diesel A (sem adição de biodiesel) às distribuidoras será reduzido em 0,27 real por litro, para 3,78 reais por litro, informou a companhia em nota nesta quinta-feira.

No ano, a variação acumulada do preço de venda de diesel A da Petrobras para as distribuidoras é uma redução de 0,71 real por litro, o equivalente a queda de 15,8%, segundo cálculos da empresa.

"O ajuste é resultado da análise dos fundamentos dos mercados externo e interno frente à estratégia comercial da Petrobras, implementada em maio de 2023 em substituição à política de preços anterior, e que passou a incorporar parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação", disse a empresa.

Os preços da gasolina, segundo a petroleira, foram mantidos estáveis, tendo em vista o último movimento realizado em 21 de outubro, uma redução de 0,12 real por litro.

No ano, os preços de gasolina A (sem adição de etanol) da Petrobras para as distribuidoras acumulam uma redução de 0,27 real por litro, o equivalente a recuo de 8,7%.

A companhia reafirmou ainda em nota que sua estratégia visa evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente.

ANÁLISES

O consultor de gerenciamento de risco da StoneX Thiago Vetter afirmou em nota à Reuters que, antes do reajuste, a Petrobras estava 67 centavos acima do preço de paridade de importação (PPI) na média das praças em que a empresa atua, considerando a importação de produto oriundo do Golfo americano.

"Portanto, ainda existe uma competitividade maior do importado em relação aos preços praticados pela empresa, sobretudo considerando a grande presença de produto de origem russa que chega aos portos brasileiros, em condição de competitividade ainda melhor que o produto de origem americana", disse o consultor.

"Assim, é esperado que a empresa ainda precise realizar novos reajustes de preço de diesel para que seus preços venham as ser equivalentes aos preços internacionais."

Na mesma linha, o sócio-diretor da Raion Consultoria, Eduardo Oliveira de Melo, afirmou que o reajuste da Petrobras foi conservador.

"Na minha visão ela foi conservadora até para recompor uma parte do sacrifício, digamos assim, de quando a gente tinha o diesel no mercado internacional a 1 real praticamente de diferença do diesel que era vendido aqui", disse Melo.

"Então esse período agora que a curva se inverteu, ela perdurou esse período exatamente para recompor as perdas e fez um corte parcial."

Melo também considera que os baixos preços de petróleo no mercado global podem não se sustentar e voltar a subir, com eventuais ações da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, como Rússia, ou outras possíveis respostas do mercado.

Outro ponto a se considerar, segundo ele, é que na virada do ano haverá um retorno de cobrança de PIS/Cofins sobre o diesel, somando 33 centavos a mais. "Mantendo-se essa defasagem residual, pode ser que a Petrobras utilize isso como uma medida compensatória para suavizar integralmente ou parcialmente esse reajuste que está por vir", afirmou.

Já o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Pedro Rodrigues, afirmou que a tendência da queda já estava demonstrada, mas como a companhia pode ou não seguir a Paridade de Preço de Importação, "fica difícil entender a lógica de aumento ou diminuição do preço".

"O fato é que essa redução coloca o preço do diesel ligeiramente acima do PPI", afirmou.

© Reuters. Tanques na refinaria de Paulínia
1/07/2017
REUTERS/Paulo Whitaker

O repasse de reajustes de preços da Petrobras -- principal produtora de combustíveis no Brasil -- aos consumidores finais, nos postos, não é imediato e depende de uma série de fatores como margem da distribuição e revenda, adição de biocombustíveis e impostos.

Os preços nas bombas também sofrem influencias de outros fatores, já que o mercado brasileiro, além de ser suprido pela Petrobras, também conta com algumas refinarias privadas e importa cerca de 25% do óleo diesel e 15% da gasolina.

 

(Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier)

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