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CPI da Covid retoma depoimentos com foco em irregularidades nas negociações de vacinas

Publicado 02.08.2021, 18:08
Atualizado 02.08.2021, 18:10
© Reuters. Senadores prticipam de reunião da CPI da Covid em junho
10/06/2021
REUTERS/Adriano Machado
AZN
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Por Lisandra Paraguassu e Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - Depois de duas semanas de recesso parlamentar, a CPI da Covid retoma os trabalhos esta semana com o foco em aprofundar a investigação sobre as suspeitas de irregularidades nas negociações de vacinas, e deve abrir novas linhas com a inclusão dos contratos de uma empresa de logística que presta serviços ao Ministério da Saúde.

"Vamos ter a continuidade dessas investigações todas e num patamar que a comissão está tendo acesso a muitas informações", disse o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), à Reuters.

Durante o recesso parlamentar, senadores e técnicos da CPI criaram núcleos de investigação para se aprofundar na análise de documentos. A comissão avançou sobretudo nas investigações a respeito das tratativas para a compra da vacina indiana Covaxin, segundo Renan.

A Covaxin entrou no centro das investigações da CPI depois que o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor do ministério Luis Ricardo Miranda, disseram ao colegiado ter informado ao presidente Jair Bolsonaro que havia irregularidades no processo de compra, que, mesmo assim, não foi suspenso.

Somente após a denúncia o Ministério da Saúde determinou o cancelamento definitivo do contrato.

A CPI tem marcada para esta semana, na quarta-feira, depoimento de Francisco Maximiano, presidente da Precisa Medicamentos, empresa que era intermediária na compra da Covaxin. Maximiano, no entanto, avisou a CPI que está na Índia e não irá depor esta semana. A Precisa nega ter cometido qualquer irregularidade.

As reuniões da CPI recomeçam na terça-feira com o depoimento do reverendo Amilton Gomes, implicado em outra suposta tentativa de venda fraudulenta de vacinas ao Ministério da Saúde, esta por intermediários da empresa norte-americana Davatti Medical Supplies.

Gomes, que é o presidente de uma organização religiosa, a Secretaria Nacional de Assuntos Religiosos (Senah), foi um dos intermediários nas negociações que envolveram uma oferta de 400 milhões de doses de vacinas da AstraZeneca (LON:AZN) (SA:A1ZN34), apesar de não haver indícios de que a empresa tivesse acesso a esses imunizantes. A Davatti nega que tenha negociado vacinas com o Ministério da Saúde.

Os senadores têm, ainda, mais de uma centena de requerimentos para apreciar. Vários deles incluem uma empresa de logística que presta serviços para o Ministério da Saúde.

A empresa distribui medicamentos comprados pelo governo federal. De acordo com documentos que estão sendo analisados pelo Tribunal de Constas da União (TCU), o ministério aceitou pagar à empresa 1.800% a mais do que previsto em um parecer técnico, em uma decisão tomada por Roberto Dias, ex-diretor de Logística da pasta demitido sob acusação de tentar cobrar propina nas negociações por vacinas.

© Reuters. Senadores prticipam de reunião da CPI da Covid em junho
10/06/2021
REUTERS/Adriano Machado

Os requerimentos também mostram uma tentativa de senadores de abrir uma nova via de investigação, incluindo sites e blogs alinhados com o bolsonarismo e conhecidos por publicarem notícias falsas.

A alegação dos autores dos requerimentos, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) e o senador Humberto Costa (PT-PE), é que a divulgação de notícias falsas ajudou a dificultar o combate à Covid-19 no país.

A comissão, que tem mirado na conduta do governo Jair Bolsonaro no enfrentamento à pandemia, deve encerrar os trabalhos no início de novembro.

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