Por Catarina Demony e Miguel Pereira
LISBOA (Reuters) - Vitor Chitas entrou na fila às 6h na véspera de Natal para se testar para a Covid-19 antes de se reunir com seus entes queridos nesta sexta-feira em uma nova onda de infecções em Portugal.
O português de 66 anos de idade estava à frente de uma longa fila que se esticava ao redor da Arena do Campo Pequeno, em Lisboa, próxima do centro de testagem, que só abriu as portas às 9h.
"Eu decidi me testar para me sentir seguro com a minha família neste Natal", disse Chitas. "Não significa que estou completamente seguro, mas nos dá uma paz de espírito."
Longas filas também se formaram do lado de fora das farmácias na sexta-feira. Alguns lisboetas chegaram a deixar a cidade para se testarem por conta da falta de exames. Embora alguns testes caseiros também estejam disponíveis, eles não são válidos para a entrada em alguns locais, e ainda ficaram esgotados em alguns supermercados com a chegada das festas de fim de ano.
Portugal, que tem população de 10 milhões, reportou 10.500 novas infecções na quinta-feira, o maior número desde janeiro, embora as mortes e hospitalizações estejam bem abaixo dos níveis vistos àquela época.
O país tem uma das maiores taxas de vacinação contra a Covid-19 no planeta, cerca de 87% da população está totalmente imunizada.