Por Phil Stewart e Idrees Ali
WASHINGTON (Reuters) - Um marinheiro da Marinha dos Estados Unidos morreu nesta segunda-feira após contrair o coronavírus abordo do porta-aviões norte-americano Theodore Roosevelt, cujo capitão foi demitido após alertar que sua tripulação morreria desnecessariamente a não ser que medidas contundentes fossem tomadas.
O marinheiro, primeiro membro das forças militares em atividade dos Estados Unidos a morrer por causa de complicações por conta do coronavírus, foi internado em uma unidade de tratamento intensivo em 9 de abril após ser encontrado inconsciente em seu alojamento. O marinheiro havia testado positivo exatamente duas semanas antes, em 30 de março, informou a Marinha.
"Eu estou profundamente ciente da dedicação e do comprometimento dos nossos Marinheiros e Fuzileiros Navais no serviço ao nosso país - seja na guerra, na paz, e nesses tempos não-familiares de Covid-19", disse o secretário da Marinha em exercício, James McPherson, em nota, acrescentando que apoiaria suas iniciativas e segurança.
Até agora, cerca de 12% da tripulação do Theodore Roosevelt, de 4.800 pessoas, testou positivo para a Covid-19, a doença respiratória causada pelo coronavírus - em uma das demonstrações mais visíveis de como a pandemia está afetando as Forças Armadas dos Estados Unidos.
Um oficial norte-americano, falando em condição de anonimato, disse que quatro outros marinheiros do porta-aviões nuclear foram levados a um hospital para serem monitorados e estavam em condição estável.
A autoridade afirmou que dos 585 militares da embarcação que haviam sido testados, 428 estavam assintomáticos enquanto o restante havia mostrado sintomas.
((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447753)) REUTERS AAJ