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Mulheres são mais atingidas em tripla crise de saúde no Congo: coronavírus, sarampo e Ebola

Publicado 05.06.2020, 11:54
Atualizado 05.06.2020, 11:55
© Reuters. Moise Vaghemi, sobrevivente do Ebola que trabalha como enfermeira, trata paciente com suspeita de Ebola em Katwa, na República Democrática do Congo

Por Kim Harrisberg

JOHANESBURGO (Thomson Reuters Foundation) - Enquanto o mundo corre para conter o coronavírus, a República Democrática do Congo se apressa para conter também a disseminação do sarampo e um novo surto de Ebola, o que obriga as mulheres a adiarem os cuidados de saúde reprodutiva, alertaram grupos humanitários.

O Congo ainda enfrenta um conflito armado que traz consigo a violência sexual contra mulheres que, como cuidadoras, muitas vezes estão na linha de frente da atenção com os doentes, correm mais risco de adoecer e muitas vezes ainda são culpadas por propagar doenças.

"Um destes desafios por si só já é muito debilitante", disse Robert Ghosn, chefe de operações de emergência da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho no Congo.

"O efeito cumulativo é atordoante. Comunidades têm que enfrentar desafios múltiplos ao mesmo tempo", disse Ghosn à Thomson Reuters Foundation.

O vírus do Ebola causa febre hemorrágica e se transmite pelo contato direto com fluidos corporais de uma pessoa infectada, que sofre vômitos e diarreia intensos.

Um novo surto em Mbandaka, a capital da província de Equateur, anunciado em 31 de maio é o 11º do país desde que o vírus foi descoberto perto do Rio Ebola em 1976.

O Congo também combate uma epidemia de sarampo que já matou mais de 6 mil pessoas e a Covid-19, que já infectou mais de 3.600 e matou 78.

"O sistema de saúde da República Democrática do Congo foi enfraquecido por anos de conflito e negligência", disse Chantal Umutoni, conselheira sênior do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) na nação.

"A pressão adicional de se lidar com estes surtos acrescentará um fardo aos sistemas de saúde já sobrecarregados, e isto impactará o fornecimento de serviços de saúde básicos, especialmente para crianças e mulheres", disse Umutoni em comentários enviados por email.

© Reuters. Moise Vaghemi, sobrevivente do Ebola que trabalha como enfermeira, trata paciente com suspeita de Ebola em Katwa, na República Democrática do Congo

Um estudo do Comitê Internacional da Cruz Vermelha relatou que as mulheres temem ser acusadas de ter Ebola, e por isso adiaram ou evitaram tratamentos de necessidades de saúde reprodutiva ou sangramentos.

O surto de Ebola afetou a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST), abortos seguros, gestações acidentais e natimortos, de acordo com o relatório -- riscos que especialistas temem aumentar em meio à tripla ameaça viral.

"Até junho de 2019, mulheres grávidas e lactantes não tinham direito à vacina contra Ebola. Isto sujeitou muitas (incluindo agentes de socorro na linha de frente) a um risco maior de contrair Ebola", disse Umutoni.

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