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Saúde suspende uso em grávidas de vacina da AstraZeneca após morte

Publicado 11.05.2021, 18:48
Atualizado 11.05.2021, 20:05
© Reuters. Vacinação de grávida no Rio de Janeiro
4/5/2021 REUTERS/Ricardo Moraes
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Por Ricardo Brito e Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério da Saúde decidiu nesta terça-feira suspender a vacinação de grávidas com a vacina da AstraZeneca (LON:AZN) contra a Covid-19, atendendo recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após a morte de uma gestante de 35 anos que havia tomado o imunizante.

A vacinação de gestantes não está prevista na bula do imunizante da AstraZeneca, mas o ministério havia decidido incluir o grupo entre as prioridades para imunização devido ao número elevado de mortes de grávidas por Covid-19 nos últimos meses.

A coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI) do ministério, Franciele Francinato, afirmou que apenas as grávidas com comorbidades continuarão a ser vacinadas, mas com as outras duas vacinas disponíveis no país contra a Covid: Pfizer (NYSE:PFE) e CoronaVac.

Segundo ela, a interrupção da vacinação das gestantes é temporária enquanto se investiga a morte de uma grávida no Rio de Janeiro após receber a vacina da AstraZeneca.

"A decisão de suspender a vacinação de gestantes com vacina da AstraZeneca é medida de cautela para fazer o fechamento do caso", disse Franciele, ao ressalvar que ainda não há uma conclusão de que a morte da gestante foi causada pela vacina.

O caso sob investigação envolve uma moradora do Estado do Rio de Janeiro, com 23 semanas de gestação, que deu entrada no hospital no dia 5 de maio, de acordo com informações divulgadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A mulher foi diagnosticada com um acidente vascular cerebral e uma quadro chamado de plaquetopenia -- formação de coágulos no sangue associados com a diminuição de plaquetas, um componente do sangue que ajuda na coagulação. A morte aconteceu 5 dias depois da internação.

A Anvisa disse que alertou o Ministério da Saúde no final de abril que a vacina da AstraZeneca não tinha indicação para uso em mulheres grávidas, e recomendou "fortemente" ao ministério a suspensão da aplicação na sexta-feira, logo depois de ser informada da morte.

"Considerando que há dados limitados sobre o uso da vacina Covid-19 em mulheres grávidas, a Anvisa recomendou fortemente ao Ministério da Saúde a suspensão da vacinação de grávidas com a vacina Oxford/Astrazeneca/Fiocruz, como medida de precaução e com base na indisponibilidade de dados mais robustos relacionados à segurança de uso dessa vacina nessa população", disse a Anvisa em comunicado.

A agência disse que, ao receber a informação da morte de uma grávida no Rio de Janeiro com possível relação com a vacina pelo sistema de vigilância de eventos adversos, enviou um ofício ao ministério pedindo a suspensão da orientação da aplicação em mulheres grávidas. Sem resposta da pasta até à noite de terça-feira, a Anvisa resolveu recomendar nacionalmente suspensão da vacinação, o que foi acatado depois pela pasta.

A coordenadora do PNI disse que até o fim de semana o governo vai divulgar a orientação para as grávidas --com ou sem comorbidades-- que já tenham tomado a primeira dose. Todas as recomendações para grávidas também valem para as puérperas (mulheres que tenham tido filho em até 45 dias).

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ressaltou a importância da vacinação, apesar da interrupção da imunização de gestantes.

"Vamos acompanhar todas as gestantes imunizadas, independentemente do tipo de agente imunizante, para ver se tem algum evento adverso", disse o ministro.

© Reuters. Vacinação de grávida no Rio de Janeiro
4/5/2021 REUTERS/Ricardo Moraes

Participando virtualmente da coletiva, a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, instituto federal que tem parceria no país para a produção e distribuição da vacina da AstraZeneca, disse que a decisão de suspender temporariamente a vacinação de grávidas não é simples porque é sempre difícil o balanço entre riscos e benefícios.

"Creio que é a decisão que deve se tomar neste momento", disse, ao destacar que há um debate internacional e não há consenso sobre vacinar ou não grávidas. "Uns têm vacinado (grávidas) com comorbidades, outros de forma mais ampla".

Segundo Nísia Trindade, ainda assim, em vários países já se demonstrou que a vacinação reduziu as hospitalizações e tem salvado vidas.

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