Por Steve Holland
YUMA, Arizona (Reuters) - Dias após o primeiro comício desde o início da pandemia do coronavírus, que teve público menor que o esperado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou a construção de um muro fronteiriço durante visita ao Arizona nesta terça-feira, apesar do número crescente de casos do vírus no Estado.
O republicano Trump, que teve uma vitória apertada no Arizona em 2016, está procurando defender sua posição no Estado, enquanto pesquisas de opinião mostram que o presidente está atrás do adversário democrata, Joe Biden.
Trump comemorou a marca de 200 milhas do muro na fronteira dos EUA com o México durante sua visita oficial. Construir o muro foi uma promessa chave da campanha de Trump em 2016 que o auxiliou a chegar à Casa Branca.
"Meu governo fez mais do que qualquer governo da história para proteger nossa fronteira sul", disse Trump em um evento em Yuma com autoridades policiais e da fronteira, antes de uma visita ao muro recém-construído.
Mais tarde, em Phoenix, ele se encontrará com jovens na Igreja da Cidade dos Sonhos. Trump depende, em parte, do apoio dos cristãos evangélicos para sua força política e tem defendido a reabertura de igrejas, apesar das preocupações com a propagação do vírus.
A viagem é a terceira de Trump neste ano ao Arizona, que teve um aumento recorde de mais de 3.500 novos casos do coronavírus nesta terça-feira. O Estado também registrou hospitalizações recordes, um número recorde de pacientes registrados em terapia intensiva e um número recorde de pacientes utilizando ventiladores pulmonares.
O presidente e seus assessores têm rejeitado, no entanto, as preocupações em torno da realização de eventos de campanha, enquanto o vírus continua a se espalhar em algumas partes dos Estados Unidos.
(Reportagem adicional de Andrew Hay e Lisa Shumaker em Chicago)
((Tradução Redação Brasília, 55 61 33296012)) REUTERS GP PF