O Bitcoin, a maior criptomoeda em valor de mercado, foi desenvolvida para ser uma revolução no sistema financeiro. Contudo, alguns fatos são pouco falados e conhecidos.
Nesse cenário, os entusiastas Anita Posch e Breno Brito listaram algumas curiosidades do BTC em suas contas do Twitter na segunda-feira (3).
Ao todo, três destes fatos pouco conhecidos foram listados, a fim de dar mais informação sobre o Bitcoin.
Bitcoin pode ser enviado sem internet
Embora seja um fato pouco conhecido, é possível transacionar no ecossistema do Bitcoin sem internet. Para isso, são utilizadas ondas de rádio.
Anita Posch, apresentadora de podcast que leva o seu nome, destaca que há soluções para mineração por meio de frequências sonoras.
“Em caso de má receptação de internet, queda de energia ou restrição de rede pelo governo, pode-se usar uma antena parabólica tradicional. Desta forma, é possível receber e verificar transações de Bitcoin”, disse.
Posch cita o recurso do BaseStation. O aparelho conecta dispositivos sem conexão com a internet por meio de ondas de rádio, permitindo as transações.
Alguns Bitcoin nunca existirão
Diferente de algumas criptomoedas que precisam ser “queimadas” para não inflacionar, o Bitcoin foi projetado para minerar até 21 milhões de unidades.
A oferta finita foi estabelecida pelo seu criador, Satoshi Nakamoto, logo em seu white paper lançado em 2008.
No entanto, a quantidade limitada pode ser ainda menor. Segundo Brito, alguns blocos de BTC estão zerados e impactarão na quantidade total de criptomoedas da rede.
“Por erro (ou talvez intencionalmente), alguns blocos têm suas recompensas zeradas, ou menores do que o previsto. Como é válido no protocolo, sempre teremos um pouco menos de Bitcoin do que foi projetado para ter”, disse.
Taxas são critério de segurança
As taxas de transação não são meras recompensas aos mineradores. Essas cobranças possuem uma finalidade: a segurança da blockchain.
“Taxa de transação é um critério básico de segurança da rede Bitcoin. Um dos motivos é evitar um ataque DoS, onde o atacante sobrecarrega a rede com requisições e impossibilita seu uso”, pontuou Brito.
Como a rede usa o algoritmo de Prova de Trabalho (ou PoW, na sigla em inglês) para reduzir possíveis ataques cibernéticos, os mineradores são incentivados com uma quantia por suas atuações.
Ou seja, o intuito da taxa é incentivar este grupo a contribuir com uma expansão segura da blockchain.