Investing.com - O anúncio do maior protocolo de empréstimos de finanças descentralizadas (DeFi) do mundo, MakerDAO, sobre o investimento de US$ 500 milhões em títulos corporativos com grau de investimento e títulos do Tesouro dos EUA de curto prazo é um retorno à estratégia “old school”, segundo o banco suíço Julius Baer.
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A medida pode ser interpretada como uma reviravolta por uma stablecoin descentralizada voltando a conjuntos centralizados de ativos. “Vemos que esta é outra lição para entender que mesmo os nativos de criptomoedas votariam temporariamente por melhores retornos sobre a descentralização, especialmente em tempos de mercado de baixa”, diz o banco suíço Julius Baer em nota ao mercado divulgada nesta segunda-feira (17).
Ao todo, o plano prevê US$ 400 milhões das reservas de ativos da organização descentralizada investidos em títulos do Tesouro dos EUA e US$ 100 milhões investidos em títulos corporativos com grau de investimento.
Kelly Chia, analista de pesquisa de ações na Ásia da Julius Baer, explica que metade dos fundos será convertida pelo banco de ativos digitais Sygnum (não listado) e a outra deve contar com gestão da Baillie Gifford. O montante vai ser utilizado para compra de títulos corporativos e do Tesouro americano. Segundo Chia, entre os possíveis motivos da medida, está a diversificação dos bilhões de dólares em dinheiro que agora estão sendo usados como garantia para a DAI, assim como explorar maneiras de tornar esses fundos lucrativos.
“Para um usuário imprimir 1 DAI (que tem o valor equivalente a 1 USD), os usuários precisam depositar o equivalente a cerca de USD 1,70. A maioria do conjunto de garantias de US$ 9 bilhões da MakerDAO está atualmente investida em outra stablecoin USDC pela Circle (não listada), tornando-se um problema semelhante ao Excel circular”, afirma.