Depois de uma subida que parecia não ter fim, o preço do Bitcoin (BTC) sofreu perdas expressivas nos últimos dias.
A principal criptomoeda do mercado, que chegou a superar os US$ 42.000 na semana passada, desceu cerca de 25% entre sexta (8) e segunda-feira (11), chegando a pouco mais de US$ 30.000.
No momento da redação deste artigo, a moeda digital está cotada a US$ 35.070, ou seja, cerca de R$ 191.800, segundo o CoinMarketCap.
Rali não era sustentável
Conforme noticiou a Forbes, vários analistas do mercado de criptoativos expressaram sua opinião a respeito do rali do BTC e os motivos por trás da queda vertiginosa:
“O mercado está sobrecomprado há meses”, disse Jeff Dorman, diretor de investimentos da gestora de ativos Arca. “Não importa a métrica que você analise, ela foi estendida demais”, observou.
Já Jesse Proudman, CEO do fundo de hedge de criptomoedas Strix Leviathan, destacou que ralis como esses não são sustentáveis. Portanto, segundo ele, essas “reversões bruscas” são inevitáveis.
Quem concordou com Proudman foi Marouane Garcon, diretor-gerente da plataforma de derivados Amulet. De acordo com o executivo, já estava “na hora de uma correção” no preço do Bitcoin.
Sentimento do Investidor
O sentimento de otimismo do mercado, segundo alguns analistas, também merece destaque nesse cenário.
Jason Lau, COO da exchange de criptomoedas OKCoin, afirmou:
“Nas últimas semanas, a exuberância em torno do rompimento de novos ATHs pelo BTC fez com que muitos traders ficassem excessivamente otimistas. Com a queda do fim de semana abaixo de US$ 39 mil, os traders aumentaram suas posições. Mas uma falha em quebrar US$ 40 mil levou a recuos em cascata”, disse.
Outro a comentar sobre a mentalidade dos investidores foi Chad Steinglass, chefe de negociação da empresa de ativos digitais CrossTower.
Segundo ele, em um mercado com grande impulso, “vender pode gerar vendas com a mesma facilidade com que comprar pode levar a mais compras”.
“À medida que os investidores de varejo são lembrados do fato de que os preços podem de fato cair e não são apenas um foguete de mão única, a percepção mental das mudanças no prêmio de risco e o medo de perder cede lugar, pelo menos marginalmente, ao medo de sofrer perdas”, acrescentou.